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17 de jun. de 2007

Repugno e asco


As mãos tremulas e calmas.
A inconsciente forma de pensar tranquila.
A dor confortante do peito: sibilante.

Ondas curtas me trazem a água morna.
Entre labaredas eu gosto de brincar com a sombra.
A obscura forma do oásis entre cores absurdas.

O líquido verde escorre pela sala.
A lava me leve aos convíns da terra.
O mundo imundo me faz fera.

As almas e poeira suspensas no ar.
As flautas, doces flautas me faz farfalhar.
Os soares, graves e milhares dizem-me parar.
As grandes trombetas e atabaques me deixam rufar.
Não irei praguejar contra os meus ímpios.
O repugno e asco me deixam as marcas quase
cristalinas de um profundo e confortante sentimento.

Leandro Borges

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