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6 de dez. de 2017

Magmabraço


Eis que se encontra um feixe de luz e um ponto luminoso, caloroso, se faz um clarão em todo universo. Gostaria que esse momento se repetisse pro resto de minha vida.
Por um milissegundo sinto a presença de milhões de anjos ao redor, no envolver do teus braços, nos laços mais sinceros de afeto.
Não existe a morte, o ontem nem o amanhã ao redor do teu calor.
Todos os vulcões param de explodir por um lapso de tempo, não há catástrofes ou tragédias.
Sinto meu coração voltando a vida além vida, o viver voltando ao calor do amor.
Uma alma que sente uma alma, dá seu afeto de vida em um planeta de mortos-vivos.
Há pessoas que passam por essa existência como zumbis, na superfície, na matéria, no supérfluo, nos jogos de poder e influência, sem jamais ter vivido, sem jamais ter abraçado.

Não acredito nas palavras de amor, apelas nas enlastradas pelas ações de amor.
Um abraço tão profundo de tanto carinho, tão compreensivo, pertencente da luz, que afaga, que envolve a alma, sincero e curador.
Poderia morar nesse abraço, nesse calor, nesse sentimento, no azul anil do teu plexo.
Me senti dentro, numa comunicação não-verbal falada em poucos segundos, de coração a coração, de essência para essência.
Envoltos em braços, dos teus e meus, sem fim, sem ruídos, uma comunicação afetuosa de um acolhimento sem barreiras. Acredito ainda no que sobrou de humanidade, mas apenas aquelas pessoas que ainda conseguem agir no amar.
O abraço: nasce uma estrela, desabrocham um trilhão de flores, uma pintura de aurora austral se forma dentro do coração, renasce uma vida.


Leandro Borges
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