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13 de nov. de 2013

Lux

Transcender o eu carnal, ir ao eu real.
O eu carnal é dádiva e desafio da linhagem dos dnas dos ancestrais carnais.
Transcender o eu carnal, ir ao eu real.

Nosso eu real estamos unidos a ele é quando estamos equilibrados.
Nosso eu real é nosso grande eu ser, que também evolui e tem a claridade da vida.
O eu real é o nosso verdadeiro ser que ajuda nessa dimensão também o grande salto.

Desequilibrados: e entregue total ao barco das paixões, então perdemos temporariamente esse eu espiritual.
Desligados da luz, incendiamos de furores mudanos.

24 de out. de 2013

Em São Paulo sinto na pele diariamente o que é preconceito.
Naturalmente por viver na cidade mais burguesa do Brazil, onde as pessoas são avaliadas exclusivamente pelo seu poder monetário.

Não consigo encontrar muitas pessoas que não me excluam, pelo simples fato de me avaliarem pela imagem. Não sou nem nunca vou ser um escravo da imagem, não quero essa falsidade pra mim.

Da mesma forma, sinto, vejo e recebo, toda a hostilidade e repulsa por não pertencer a camada social e padrão comportamental e visual nos lugares e muitas vezes sou excluído, muitas vezes é no ar da empáfia paulistana que nado na contra mão, dessa maré de lodo e lama paulistana.

Assim como as pessoas aqui chamam seres humanos de vermes, de parasitas, eu então fico ao lado desses a margem, porque todos os dias me sinto margeado, e faço questão de não entrar nessa dança esquizofrênica da aparência, essa mesmo que nos dita o que temos que ser a cada momento.

E não encontro pares, e não encontro respeito, pessoas pensam que sou menor que elas, pensam que pertenço a outro mundo que não o seu lugar ilusório social. Estou cansado de sofrer tanto preconceito nessa cidade. Onde uma roupa simples, um lugar onde se mora, são mais importantes que um abraço, é ridículo.

E muitos dessxs boçais da lama paulistana não tem cultura, não leem livros, não sabem de espiritualidade, não viajam ao mundo; não tem realmente a verdadeira riqueza, não abraçam, não sorriem.

Tanto imbecil com grana e sem cultura, sem sabedoria, sem nada na cabeça, apenas um volante de carro novo importado nas mãos.

E o que é ainda mais imbecil, tanta gente sem grana e querendo ser um milionário também boçal pertencente a lama paulistana.

 Esses idiotas não sabem nem falar português quanto mais outras línguas, não sabem onde fica seus corações. Não dão importância a natureza e esses mesmos idiotas avaliam tudo ao redor pelo seu nasal cheio de farinha.

18 de out. de 2013

Aos que Amamos

É difícil, mas é preciso aguentar firme sem medo.
Quando se quer é apenas um abraço: dê.
Foi quando um pingo de cor caiu do pincel na cidade.
Há tanto cinza saindo dos umbigos, tanta falta de tempo.
Esquecer o dinheiro, regar os campos da familia.

O que é mais importante, aumento salarial
ou dar atenção as pessoas ao redor?

Cada gota de esperança é tecida por coragem.
Cada abraço amoroso, irriga os pampas do amor.
Zelo a família, zelo aos que nos criaram.
É dificil, mas é preciso lutar, é preciso mais amor.

Por que um dia apenas a janela da alma se fecha,
e aos que ficam resta a saudade de mais um abraço.
Não importa quanto dinheiro se pode acumular,
ter sacrificar tempo aos que amamos, não é riqueza.
É dificil, mas sabemos que é preciso nadar contra
tudo que nos é bombardeado mental, sigamos ao coração.
Manter o amor, manter a doçura do abraço,
porque quando abraçamos, é quando os corações conversam.

Colados, trocam palavras, trocam mimos, trocam calor.

De que vale um carro novo, e não saber sobre os seus?

De quantas covardias e egoísmo é feito o primeiro milhão???

Depois que tudo se vai, e ficas, lembraras das tua omissões.
Quando veres ao outro lado do rio, lembrarás dos teus nãos:
quando teus amados te pediram algo tão simples, e negaste.

É dificil, mas é preciso inverter a lógica capital
pois o amor nada tem a ver com cifras, crédito, valores.

A lógica do amor é diferente da grega,
o amor não é preciso premissas
o amor não precisa inferências
o amor quanto mais se dá, mais temos.

E quando aprendermos a pintar ao coração,
os lares se encheram de cor,
os laços estarão fortes,
familias estarão unidas e fortalecidas,
as cidades não serão opressoras,
toda cor brotará em cada esquina, em cada avenida.



17 de out. de 2013

7 de out. de 2013

Ao abraçar das mãos


Procuro em todas as faces o rosto dela.
Ando perguntando a muita gente.
Sinto uma aflição por saíres do meu campo de visão.
Estas no meu coração te sinto tão perto.
Me parece tão depressivo os velhos resmunguentos.
Ando com essa arma curva, na face.
Me protejo de quaisquer intrusões.

Relanço meu olhar, e num beijo sai uma flecha do olho.
Danço a valsa de um samba antigo.
E pra tristeza, não ligo.
Sigo buscando pela avenida.
Pela rua, pelo largo: sorrio.

No cemitério da memória, não me deixo cair.
Ignoro as falas austeras e perigosas.
Muito mais cortante é não viver essa leveza.
Não há amor maior que o meu.
Amo tanto essa flor.

Sambo na dor alheia, a cachaça que me salva.
Essa ardente alegria de ser bamba.
Não tenho sentimento de culpa.
Me abandonar por que? Se sou amor!
Da febre quartã não ei de sofrer,
pois se teu amor me queima.
Quero e não quero dele enlouquecer.

Maria que tudo me espera.
Maria que tudo me ama.
Maria que tudo me aceita.
Maria que tudo mais não canta.

Voa cotovia, do outro lado do rio.
Alça tão longo mergulho, e eu tão atordoado de marulho.
Não vi que de ti tirei da embarcação.
Não meu coração te vejo igual, na face de todas as outras.
Se por ti meu coração bate, minhas mãos te abraçam.

Leandro Borges



Preto velho hare krishna

Cuidado, não ando sozinho.
Convidei esse velhinho pra entoar o mantra.
Dançamos e cantamos os nomes de Deus.
Minha alma agradece, muitas graças.

Um banho de alfazema, voamos dentro.

Na casa de Deus supremo estamos, no terreiro hare krishna.
Onde tudo dança amor.
Seja indiano ou africano, somos um em amor.

Que as tribos de pindorama se juntem a nós.
Onde houver um coração buscando a Deus supremo.
estaremos.

Deus não tem pele de etnia. Abraça a todos.
E quando a música funde-nos: o universo a um átomo.

Leandro Borges

25 de set. de 2013

No coletivo que diluem muitas poesias do arquetipo geral

É no caminho esse vou com a certeza da fecha certeira.
Contemplando em cima da faca, os dois gumes.
Onde o arco-íris escorre cores e gris.

Tão delicadas e pinças.
Com os pés nas nuvens e as mãos na terra.
Um sorriso que a todo momento vai aos flancos.
Um castelo vai derretendo ao sol do meio dia.

Nas areias movediças de um destino tragico e fatal.
O quão perigoso é uma paixão avassaladora e sem freios?

São vermelhos respingados.
São azuis fora do céu.
São amarelos relâmpagos de ideias.
São verdes fora das árvores.
São roxos nas vistas de outro espelho.
São laranjas escorrendo em rio.
São brancos das gaivotas mortas.

Uma arrevoada, mas passa, e ele chora.
Ele canta, ela não escuta.
Ele dança com ela, mas ela não com ele.
De onde vem essa força?
De onde vem esse amor?
Eis que um dia a ventania sessa...

Ela, fecha os olhos.

Leandro Borges

Tempo de surra

Passou as pencas.
Passou e ainda remamos.
Onde estão os storyboards?

Passou e ainda estamos.
Passa e ainda nas linhas e laços.

Onde tanto o colorido velho.
Palhaço cansado e apanhar a apanha, fora.

Antes do nascer se nasce e aonde está a dança coletiva publica?

Vamos nessa quase dança de quase pares.
Vamos nessa dança de quase executares.
Vamos nessa música que ainda está esperar o play.

O sol nasceu quadrado, e ainda o cubo cerca as mãos.
A música renasceu em um pingado, da chuva dos outros dias.

Um dia acordo com o sol na cabeça, no outro mais uma estrela cadente.
Onde essa espera e esperança parece quase um insano pensamento de não enlouquecer.

Leandro Borges

Roubo público teatral

Essa cola, é somente uma cola, não pretendo colar.
Essa cola, por mais fácil e acéfalo que seja não é pra colar.
Honrar os impostos da população no mínimo fio da dignidade.

Essa tesoura é pra cortar, mas não arrancarei criações alheias.
Essa tessoura é pra cortar, mas não aponta pra própria garganta.
E não me vem com a fala trocada que não sabes de nada.

Como foi gritado aos quatro cantos da ladeira da memória
todos somos os criadores: todo homem e toda mulher, somente gado não voa.

Voamos meu bem, voamos, pois criar é tão simples como brincar.
Pois quando se toca, de canta, se atua é continuar ao jogo.

Jogo é a própria vida, mas roubar cartas e por na mesa,
clamo pelo ética meu bem, pois essas cartas são do estado.


Onde a foto reempressa não tem valor, e pagamos impostos e temos dignidade.
Prefiro um pingo de tinta turva e mal impressa e cheia de arestas
a uma quadro do espelho alheio do passado.

Quando a criança dança, ela apenas dança.
Dancemos.

Leandro Borges



14 de set. de 2013

Desnorte passagem


Foi uma trupe que passou, era uma música, mas que música? Caminhão passou.
Era um colorido, mas onde foi? Uma bomba estourou ali ao lado.
Arranha-céu rasgou núvens e rasgou falas.
Andando por entre degraus tão fétidos, parei por ali, cadê a minha bolsa?
Fui olhar o que acontecia, o que me aconteceu?
Passo.
Passa.
Passei.
Estômago embrulhado,  falas dissonantes.
Por que eles cantam?
Isso é uma cena?


Os ruídos babilônicos falam tão alto.
O ritmo do concreto armado soterra corações.
Incendeia de cegueira, petrifica emoções.
Repetição do requentado fácil cênico.
Fitas as fitas repetidas do cenário.
Quedas o olhar na falência teatral.
Ou se faz a vera ou a qualquer tempo-preço-cor?

Leandro Borges

Grande Babilônia: Tareias

Açoite de concreto armado, asfalto sepultando tantas mães.
Onde mulheres sorriem amarelo, sorriso sufocado.
Onde flores crescem rasgadas, onde a primavera é manchada de vermelho.
Silêncio não feliz, oprimida pelo invisível alheio.
Fora dos lares seguimos cegos.
Onde nossa colher fica tão alheia, que a janta ao lado é de assassinato.
Casais vizinhos, parecem tão juntinhos.
Tanto amor que esgana a verdade.
Soterrados somos todos os dias por um buquê de flores mortas por dia.
Onde a cada duas horas cai mais uma flor morta.
Chove flores, mas são flores mortas, a conta gotas, uma a uma.
De todo tipo de cidade e sertão, flores encabrestadas, propriedade privada.
Onde o patrão tem o direito de viver e matar o seu amor.
Seja onde for, um amor romântico da opressão.
Entre um poema e outro, pode andar na navalha.

O frio da sombra,
é a face a sua própria sombra,
onde os olhos veem mil cores pra maquiar a depressão.

Estão dos roxos e de pele fria.
Quantas abismos esse via torta e sistêmica ainda vai parir?

Leandro Borges

24 de jul. de 2013

São muitas ondas

Passam muitas ondas por mim.
Há tantas Marias, tantos lugares, tantos andares.
Há tantos olhares e tanta gente.

Aquela que sofre, que vai a luta.
Aquela que resiste.
Aquela que lembra e escolhe a corrente do tempo.

Onde foi parar, campo ou cidade?
Tão pequena, as vezes: flor.

São estes caminhos de muitos caminhares, tanta passagem.
E passam a cada dia tantas mulheres pra outro lado do rio.

E os tempos que mesclam os tempos das cidades, mesclam as Marias, mesclam escritores, mesclam rios, mesclam cantares, mesclam olhares de tantos e muitos e diversos ares.

Tantas regiões e tantos folclores desse brasis no berço de Maria Paulistana.
Na cidade que colhe todos esses tempos, cidade que colhe todos esses Personagens.
Na cidade que colhe todos esses lugares, cidade que colhe todos essas culturas.
Na cidade que colhe todos essas cidades, cidade que colhe todas essas religiões.

Tão grande, as vezes: primavera.

A cidade que veste na mulher uma farda grossa, vão, que deixa seu Ari sem encontrar Maria.
Oculta o encontro, a revelação, e Maria continua só.

Maria melhor só ou sofrer com constantes tundas?

Sova do empregro, sova da política, sova dos patrões, sova do conjuge, sova do patriarcado.

Até quando desigual?
Mulher, mãe, filha, avó, tia, prima, irmã: cidadã.

Que arsenal enorme que tens Maria, realmente mais uma mulher sobrevivente deve ter muitas armas, ou então morre.
Será preciso mais uma grande onda?

Leandro Borges

9 de jun. de 2013

Ébanas Pérolas

Um sorriso solar.
Olhos sorrindo ao sol.
Pérolas de breu noite, teus olhos.
Uma boca de lua crescente, tão linda, tão suave.
Me abraça de tua seda tão doce.
Onde sorrindo me leva ao longe.
Tão bonito é te olhar um eterno momento e mais.
Não pequena e singela, menina, mulher.
A flor de brilho raro, brilho colorido.
Sigo desperto.
A tua frente.
Onde as árvores nos cercam, e nos acercamos.
Pássaros.
Leve garoa.
Um pôr-do-sol.
Hoje no céu há um tom a mais de azul.
Teu sol.
Tuas ébanas pérolas.
Tua lua crescente.
Tua seda.
Que a menina dos teus olhos nunca perca a cor da sua dança.

Leandro Borges

7 de jun. de 2013

Poema: Verão de Javier Heraud -- Música: Árvore dos Olhos - Alexandre Mello

Verão (Verano)

Se foi o verão.
Redobrados sopros de amor sacodem o coração
com os olhos
é luz do dia e da vida é o castigo das noites e das mortes
recolhe e planto as sementes do amor
caminho entre noites escurecidas pelo vinho
pergunto a terra e aos montes
arranco montanhas de ódio e tumultos

o que são as tardes ao lado da paz?
o que são os montes ao lado dos sonhos?
o que são os rios ao lado das lágrimas?
é que um rosto um sorriso um pranto
um estremessimento
uma mão
se dia-a-dia morrem as ervas do campo
se dia-a-dia caem nas suas noites árvores do amor e do silêncio

Javier Heraud


Árvore dos Olhos by Poema Novo - Alexandre Mello on Grooveshark
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