São medos enjaulados.
Vorazes de vozes.
Velozes vagam.
Vãs viúvas velhas da alegria.
Arruinado por dentro, sem alento, com as facas do tempo.
O dolorido movimento de ver o passar da vida cortar.
Esperanças amareladas.
Sonhos achincalhados.
Meu mundo nunca é meu mundo.
Meu mundo é o universo, fusão de todos os mundos de todos que me afetam.
E nunca mais vi meu universo colorido.
Tenho saudades da minha infância quando uma brincadeira em uma única tarde,
parecia infinita-tarde-feliz.
Hoje já é bem tarde.
Só sobra solidão da ausência de um passado.
Leandro Borges