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7 de set. de 2008

tratado como um objeto padeço
esqueço o que sou
vejo o mundo turvo
vivo a vida que não queria
apenas mais um

um corpo, desuniforme, sem traço nem coração
rasbiscam meu corpo
me dão de comer
visceras em flor
paro diante da sintonia
agora emudeço na dissonância
enclausuro na dor
penso na flor
e sinto a dor
a dor de todas as dores
esqueço o que é o prazer
e sinto remorso de conhecer a alegria
pois que agora me é tirada, me sinto escravo da lembrança

uma ventania passa, passa semanas e me leva de você
será que é pedir de mais pra mim, uma garota assim?

esperando as unhas
roendo as horas
olhando o vento
quem sabe ele me traz você

...
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Poesya, não burguesia! by Leandro Bastos Carneiro Borges is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
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