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30 de set. de 2011

Primavera da minha pele

Corre esse vento do meu rosto e agradeço por não lembrar o gosto de ti.
Triste saber que há tantas mulheres machistas nesse mundo, tantas mulheres idiotas.
Falta poesia para a maioria das mulheres que conheço...
São poucas e boas, e as conservo no meu coração as que não são.
Nada mais triste que a falta de sensibilidade...

Eu choro um rio de lágrimas e gosto disso.
Verto em cada gota minha emoção.
Posso explodir meu peito e meu sexo.
Mas há porque casar coisas assim.
A poesia do meu viver anda com meu ser.
Sou flecha e sou cravo.

Furo o vento e tua lógica rasa, de ignorância.
Furo o teu ruído e a tua alma suja.
Furo o conceito enferrujado sobre os gêneros.
Furo o desejo machista de ser menor que um homem.
Furo a hipocrisia de ditar que oficio devo ter.

Sou aquele que dá flores.
Aquele que rasga o lucro.
Aquele que sente em carne viva.
Que brota em arco-íris.
Faz da flor da menina a sua prenda.
Vê na mulher nem mais nem menos; deixa o rio correr.
Que corteja o sabor e responde ao teu fogo de mulher-menina.
Também de ti mulher, aquele que chora junto e enche de amor.


São de labaredas e pétalas que flutuam a minha aura, a minha magia.


Não brinque com fogo.
Não brinque com alguém a flor da pele.

Em mim brota a primavera a cada dia.
Que os anjos saibam proteger os sinceros de coração.

Cansado de labirintos alheios.
Cansado da covardia emocional alheia.
Cansado da hipocrisia que insiste em renascer a cada geração.

Hipocrisia, eu quero que se vá!

Leandro Borges
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