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20 de dez. de 2010

Das quimeras brasileiras


Minha vida transpira alegria
Sorve emoções mil
Transborda todo amor que houver nessa vida!
Somos muitos e seguimos!

Onde vês vazio, vemos poesia e imensidão

Somos muito mais que teu sonho vão
Sou poeta das quimeras brasileiras
Sou poeta que canta flores
Meninas, mulheres e cores

Canto sabores que nunca conhecerás

Me deste alimento infinito
Minha criação em sobra transborda em letras e versos mil

Eu sou a derrota de muitos, pois sou apenas um peito aberto que sente a vida
Para quem perde a alegria de viver eu sugiro morrer e nascer

Leandro Borges

Suposta-evolução não-sustentável


Os santos são falsos nas bocas alheias, cheias de prostituição

Não faças do vôo a perdição

Sigo leve
Sou amor

Livre e consciente

Sou dança, sou alegria

Tu és muito aquém dessa sabedoria

A vida é muito maior que um golpe

Preciso de flores

A doença do mundo é o teu coração de lodo

A vida leve segue a doce canção

Sou brisa
Sou poeta: simples mortal

Farpas apodrecem na tua boca, tua inveja é teu lodo

A justiça é forte e certa
Soterrará todo o lodo!

Somos pássaros-poetas: livres
Sigamos fora da coleira do mundo
O mundo, imundo de dominação e consumo

Se meus olhos choram, é porque não há mais tanta esperança
Somos um caminho sem volta para o abismo insustentável e cruel

Os olhos da medusa-industrial que transformou toda natureza em pedra
sem cor, sem amor, sem vida, sem nada: apenas cinza


Pedra cinza, cimento cinza, aço cinza


Me desgasto sem rumo
numa cidade perdida
com um coração de pedra

Medusa cruel que matou toda cor
matou todos os sonhos, as lendas, os mitos

Somos escravos de uma suposta evolução não sustentável, burra e auto-destrutiva

Eu tenho vergonha de viver nesse mundo, nessa civilização

Somos cobaias, bois, manipulados, sem saída!

"Crer-se no progresso não significa que já tenha tido lugar qualquer progresso.
Franz Kafka"

Leandro Borges

Tecendo por uma vida mais digna


Sou mais que sua vã filosofia pode um dia alcançar

Minhas asas são feitas no agora

A minha vida é feita de luz
por mais erros que tenho, busco a luz

Sou leve
Sou eu
Sou apenas genuíno

Persigo mistérios
Procuro almas de coração leve
Vôo com as assas mais fortes
Aprendo com sua astucia e ousadia

Minha vida vence a ferida
Sou mais que superação

Penso nos altos vôos da liberdade
Derreto nas valsas do tempo

Todo o calor ascende as minhas vísceras

Somos brasa
Somos fogo
Somos imensidão
Somos transbordo

Leandro Borges

Coragem de um vento


Furo o vento, o medo, o tempo
A vontade de fazer teatro me faz mais vivo, sigo

Quase corro, quase morro

É uma mistura de respiração ofegante, suor e garra e fome de teatro

Aperto passo, o coração e abraço a alegria

Me sinto leve, confiante e ofegante

Existe alguém mais apaixonado do que eu?

Fazendo malabares com navalhas

Isso é fazer arte aqui

Me corto nas ruas, mas meu sangue berra, não perde força, avança, luta; sonha!

Sigo por avenidas pequenas
Vejo prédios não charmosos
Tecnologia vazia
Olho para meu coração e vejo um charmoso café e três luas crescentes
a mata atlântica e a Amazônia

O teatro dita meu tempo.
Tempo de arte.

Sonho
Canto
Luto

Leandro Borges

1 de dez. de 2010

Renascer em primavera


Cansado de andar por galáxias distantes
longe da minha natureza
todos cheios de pressa
Mesmo entre esses astros vemos tanta lama
e não há fama que justifique
Andamos distantes, em planetas opostos
e não por acaso vejo o outro lado

Deixamos de lado todo luxo e todo lixo
Ambos abomino

Te convido para um não-convite
Recebo o retorno da chave perdida

Voo calmo
Retorno a planetas
Recapturo nuvens
Danço novas músicas
Meu peito se expande em flor esmeralda

Leandro Borges
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