Seguidores

28 de dez. de 2007

Poesya


Tento honrar a escolha dela.
Não me sinto enobrecido, na verdade não faço para mim.
Não me sinto seu dono, mas sim uma pequena parte de seu vetor.

Vivo a tua imensidão a cada dia, trocando os meus dias por versos
de braços abertos para o céu estrelado, mesclado com suas tintas
rosas, azuis e brancas: se fundem suavemente em um mar ao alto.

Corro, venço o chão, atravesso toda a orla de um imenso paraíso
e vibro, a cada delicado recado, da tua criação.
Inunda o meu mundo de lágrimas, felicidade e gratidão.

A tua verdade é simples e intrínseca a própria vida.
Todas as cores se espalham no teu fogo eterno.
Flambeia as almas com a tua magia, vento e alegria.

Ondas dançam por toda a imensidade desse planeta
a cada violeta, a cada pássaro ao ar, cada folha, cada estrela,
a cada nascer de sol, a transição de cores jogadas no céu.
Um balde de emoções, mil sensações, vejo teu querido céu colorido.

Brindo com todas as criaturas de Deus a esse planeta extremamente belo.
Peço a permissão de por umas poucas linhas poder te retratar com o meu sonho,
a minha vida, para ti doou os meus olhos; que são vetores da tua essência.
É um céu imenso, sol imenso, estrelas infinitamente belas: sonho real.

Leandro Borges

27 de dez. de 2007

Carne Rosa


Escorre uma gota de suor pelo corpo inteiro.
Espalha o cheiro da pele crua, mergulha nua.
Revela a flor do teu sexo delicado, explode, convexo.
A rosa da tua pele brilhará, brava, sobreviverá!
Desliza o rio de mel em meio as montanhas avermelhadas,
do sol poente, que arde ao ser engolido pelo campo florido.
Vejo pelo ângulo do umbigo a leve silhueta perfeita.
Paraíso, uma mulher de olhar provocante e perigoso.
A leoa dos teus olhos provoca vertigem em terra virgem.
O sal do corpo semeia ao vento um raro condimento.
Maravilha é deitar no teu coração e sentir a explosão.
Deixar mais uma vez que o momento seja lento.
Que o verdadeiro sentimento dite o vento.

Leandro Borges

24 de dez. de 2007

Coração, olhos, suor e arrepio.


No coração bate mais forte,
fazendo esguichar sangue
por todo o lado, a cada estocada
de seu punhal mui afiado explode.

Os olhos de alegria, brilham forte
ao ver o projetil explodir seu crânio.
Fazendo tudo ficar em tons de cinza e vermelho.

Começa a suar frio de surpresa
ao, levemente, ser cremado vivo,
com brasas quentes e amáveis.

Sente um arrepio estremessedor
ao ser empalado vivo, sem dó,
do ânus ao seu cerebro oco.

Leandro Borges

Na flor do teu leito


Acordei na flor do teu leito nú.
O céu era um mar doce e apimentado.
Eu vi os primeiros raios do sol com outros olhos.
Me parecia um leque de cores mescladas.
O reluzir das orquídeas encantavam as ondas do céu.
Os ventos traziam os perfumes da natureza selvagem.
As estrelas boiavam, em líquido voavam em prazer.
Um baile circular em volta do esfera azul.
Emanava a paz e um silêncio profundo, sem igual.
Uma escalada sem fim, em uma montanha de morangos com mashmelow.
Flutua em nossas almas um suspiro escondido.

Leandro Borges

23 de dez. de 2007

Derepente estou aqui


Os momentos mais incríveis que passei foram aqueles que meus amigos me acompanharam.
Um dos piores momentos foi certamente onde não havia nenhum deles perto de mim.

Uma folha ainda verde
pousa em meu ombro.
Ainda posso sentir
o cheiro da primavera
em nós e a nos rodear.

Deito no leito de águas profundas
deixo toda sujeira minha descansar.

Descanso ao vento,
me leva por um tempo
para dentro da memória,
me faz rever a história.

Um pétala encontro dentro da tua boca
é tão vermelha quanto o teu ódio.

Eu vi uma estrela em um dia tão nublado
ela me olhava tanto: um olhar calado.

Seria sua a minha alegria, ou seria nostalgia?
Seria minha esta euforia, ou seria agonia?

Tudo que percebo e vejo
é apenas um percevejo.

As ondas do ar levam e movem meu cabelo
ondulando ao ar, fazendo curvas lentas.
Ondas: curtas, leves e simples como um dia de verão.

Toda a poesia de um dia foi morta
pela falta de visão do simples,
do belo, da vida; da harmonia.

As desconexões de nossas vidas refletem em nossa arte,
em nosso carácter, na nossa vida, profissão e amares.

Leandro Borges

22 de dez. de 2007

Pai


Para ser, primeiro deve agir como um.
Sentir e passar a emoção de um,
ao invés de fingir ser um.

O filho,
antes de se pagar
se deve amar!

Leandro Borges

Vômito


O seu nojo interior não vai chegar a mim.
Quero que ele volte pra dentro de você.
Que morra com seu próprio vômito!

Leandro Borges

20 de dez. de 2007

Alma Latina


Escorre nas minhas veias o sangue pelando
desesperadamente arde, corre flamejando.
Sigo gritando em alto e bom português.
Peleio intensamente contra todos vocês.

Um toque de ousadia, paixão e valentia.
Sigo o que diz minha intuição latina.
Invado os mares, deixo cair a neblina
desvenda todas as agruras da vossa alma.

Vivo tudo que há pra viver e deixo em meu olhar
um rastro de leve alegria, um código escondido.
Me parte ao meio teu seio, no meu solo desnudo.

Faço minha luta em canção, sigo valente a voar.
O perfume da minha alma de valente peleador
sigo rasgando o imenso pago, revoltoso: amor.

Leandro Borges

18 de dez. de 2007

Cordeona, circo e lona


Na minha torrada vai nós moscada.

No meu rock tem samba,
na roda punk tem bamba,
no eletrônico bossa nova.
Meu maracatú é verde rosa,
meu chorinho
canta baixinho.
Da minha cordeona derrama floreio.
Do meu peito transborda sem freio.

No meu galpão grita a flor.
Saltam estrelas das esporas
voando baixo
riscando palco
do meu pago.

Na minha viola toca uma moda,
um sarau, uma dança; um coral.
Canta o sabiá e o quero-quero,
canto de um povo sofrido e alegre.

No meu céu tem mais azul,
o meu coração é mais ao sul.
No minha alegria não há felicidade
e desde a tenra idade, te amo meu rincão.
Desta terra que és meu pago, és meu chão.

Um solo florido de cordeona
numa rave feita de circo e lona.

Leandro Borges

14 de dez. de 2007

Pó de café

Eu acordei com alegria, andei lá fora e encontrei o que eu não queria.
Botei pra fora, andei dizendo tudo que queria e dormi onde não queria.
Encontrei quem não queria, botei pra fora, dormi sem alegria.

Tentei fugir da correria do dia-a-dia
da frenesi da selvagem comercio-lândia!
Tenho saudades da minha infância
quando tudo era mais simples.

Diz pra ela que a noite fria morre insone.
Volta lá em casa pra tomar uma xícara de café.
Não qué... tão só.
Só sobra o pó.

Leandro Borges

12 de dez. de 2007

A princesinha


Todos os dias a princesinha tentava vestir o vestido que já era pequeno pra ela.
Todo dia a princesinha tentava encaixar o coração dentro do peito quadrado.
Todos os dias ela tentava colocar o anel que não cabia mais no seu dedo.
Todos os dias a princesinha colocava a sua saia um centímetro a cima.
Todos os dias ela cortava sua pele no pé apenas pra sentir prazer.
Todo o dia ela matava o primeiro animalzinho que passasse na rua.
Todos os dias a princesinha colocava o seu dedo mais fundo.
Todos os dias a princesinha brincava com os seus lábios.
Todos os dias mordiam os seus seios em segredo.

Princesinha caiu da escada: quebrou o crânio.

Tratou de comer os corações fritos.
Pisou nos cérebros.
Roeu a memória.
Morreu só.

Leandro Borges

11 de dez. de 2007

Instante


Ao lançar lábio com lábio sinto um calafrio.
Meu coração começa a golpear forte o meu peito.
Os meus olhos se enchem de um brilho intenso.
Sinto um arrepio de ponta a ponta, com um raio.
Meu corpo mergulha em alegria, paz, proteção,
uma ordem, um prazer: um bem estar incrível.
Agora todos os dizeres de amor, de todos os tempos,
tem um sentido completo, perfeito e pleno.

Eu trocaria a eternidade por esse instante.

Leandro Borges

7 de dez. de 2007

Nina


Ao se lançar ao ar, deixa teu sonho voar.
Deixa o corpo embalar a alma irradiante.
Uma linda atriz, em seus olhos: brilhante.

É magia, uma doce e delicada; alegria de viver.
Toda de branco,
seu sorriso,
seu olhar.
Tudo e toda
é um sonho,
um encanto.

És uma trufa de alegria.
Tens guardada o encanto dos anjos.

Tens a pele de um copo-de-leite recém brotado.
Deixa teu plainar tocar o meu corpo.
Me leva de mundo louco,
me ensina a voar.

Ó angelical musa, teus rastros me guiam!
Sigo teu perfume, que as rosas copiam.

Leandro Borges

6 de dez. de 2007

Luna, depressão
Oh bailarina sabina
Furo: coração

Leandro Borges
coração alado
tu cantas felicidade
és simples: chamado!

Leandro Borges
Eu, Oh Rio grande
Ao Sul, meu amor azul
do filho infante

Leandro Borges
Desnudo amor
Frágil sentimento frêmito
Derrete em flor

Leandro Borges

5 de dez. de 2007

borboletas roxas
mergulham no vasto céu
passeiam soltas

Leandro Borges

4 de dez. de 2007

Desejo mel


Ao rejeitar o coração e dar voz a razão
deixa sentimento e sem ele dorme ao relento.
Por medo, deixa que o desejo vença o amor.
Alimenta as feras e dorme com o inimigo.
Padece pelo próprio fel.
Morre em seu envenenado mel.

Leandro Borges
Creative Commons License
Poesya, não burguesia! by Leandro Bastos Carneiro Borges is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at poesyas.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://poesyas.blogspot.com/.