Seguidores

13 de ago. de 2011

A caminho do Uno

Onde o horizonte longe voa leve.
As suaves brisas da nova aurora.
Corre em um grande campo de flores.
Ao abrir das almas iluminam como sóis.
Andando entre cores, fortalecem e crescem.
Simples chuva fina.
Limpa.
Ilumina.
As palavras dos lábios positivam o universo.
Nutre o amor incondicional.
No meditar do coração transmitem ao todo.
Somos no "Eu Sou" um só.
Uno.
Ao evoluir do universo compartilhamos:
Em
---Amor
---------Paz
------------Luz
----------------!

05/06/11 - Leandro Borges

Piscina de Dor

E se o mundo me fosse obrigado a carregar?
Um peso de um mundo que os desumanos nos empurram goela a baixo.
Onde a dor se instala, onde o sorriso é apagado.
Vivemos em uma ditadura de burrocracias masoquistas.

Sofremos dores desnecessárias, como já não bastasse as dores naturais do mundo.
Os Psico-torturadores criaram um mega arsenal de dores artificiais.

Deixem os loucos, não serem loucos.

Deixem a vida ser maior, ser de verdade, ser humana.
Homens criaram maquinas de dor.
Processos de dor.
Caminhos de dor.
Labirintos de dor.

Deixem o amor em paz.
Deixem a vida livre.
Deixem a possibilidade de sonhar e os sonhadores vivos.

O mundo não se pode tornar uma caixa de tortura.
Os que não abrem os olhos para a dor alheia, sofrerão ainda muito.

Onde não se pode ser um, eu sou o respingo de tudo.
O mundo tão cinza, tão cimento, tão asfalto, tão concreto e nenhuma humanidade.

Espero que essa piscina de esgoto não me alague em dor, desespero e depressão.

Leandro Borges - 05/03/11

3 de ago. de 2011

São Paulos

É... as vezes me para de tanto correr.
Tem vez que me cansa de tanto morrer.
Me sintoniza em ritmo que não me para.
Outras que me deixa totalmente de cara.

Tem tanto asfalto no meu pensamento.
Deixa tanta laje nesse cimento.
Um bando de gente, um tanto de crente.
Explode.
Carros.
Correria.
Metro de conexões circulares.
Andei em fractais urbanos.
O sorriso mesclado de tuas meninas.
São circenses de tuas crias coloridas.
Fala de todas as artes que podes compor.
Transita de todos os gostos que for.
Rua.
Avenidas.
Alamedas.
Cercado de tanta gente.
E se tudo brilha, a face do futuro me espera.
Quando a brisa me encontrar, nas ruas de São Paulo irei florescer.
Como num canto de um pássaro, vibro bonito e suave.

Sossegado sigo suave.
Sossegado pego essa brisa.

São tantos São Paulos dentro dessa caleira, dessa teia, tela: nação.
As vezes vem um caos bonito, as vezes vem atrito e em outras esquisito.
Quando peguei uma perua, te percebi perto, quase nua.
Eram tantas faces, tanta palavra que pula de tanta rua... tanta rua.

Andando em longas avenidas, é firmeza.
Ando nas feiras.
Bebo um caldo de cana.
Um pastel na feira.
Um sanduíche de pernil.
O sorriso mais bonito, da menina paulistana mais bela.
Era a beleza da suavidade da sua alma que me tocava.
Um amor tão leve e doce, era tudo tão gentil.

Leandro Borges - 29/03/10

1 de ago. de 2011

Mulheres que não sabem dizer não

Essa é para todas as mulheres

dissimuladas
patranheiras
traiçoeiras
potoqueiras
embusteiras
esparoladas
mascaradas
farisaicas
vigaristas
impostoras
hipócritas
mentirosas
burladoras
embaidoras
loroteiras
pomadistas
charlatãs
gargantas
cabotinas
tratantes
charlatãs
farsantes
pérfidas
desleais
covardes
tartufas
levianas
infieis
falsas

Pior que uma mentira, é uma mentira descoberta
Eu já sofri muito das maldades do mundo
Não queira-tentar-conseguir me ludibriar
Eu não nasci ontem, meu coração já foi petrificado de mil formas
por tantos enganos e maldades que já arquitetaram contra mim

Tenham a descencia e dignidade de olhar nos olhos e dizer, não
Saibam cortar a face daquele que, não, ele não quer ser enganado
Prefere mil vezes o corte, o fim, o estirpar das relações do que um enrruste

Quero o teu cuspe
Quero o teu vômito
Quero a tua repulsa

O teu desprezo assumido
A tua palavra cortando a minha alma
Diga: não
Diga: nunca mais eu quero ver a tua cara
Diga: para de ligar
Diga: MORRA!

Leandro Borges - 12/09/09

Espelho

Olha pra dentro de um espelho
Vê somente a sombra de uma mulher.
Em contrapartida lembra dela como se fosse hoje.
Era a mulher mais feliz do mundo.
Quem sabe a mais iluda?
No sorriso dela hoje eu vejo a tristeza escondida.
Como no passado, algo dela que só eu desvendo.
Sua sombra tortura as arestas do espelho.
Eu vejo o coração como um globo de espelhos,
Reflete a realidade, mas em muitos fragmentos,
E vivendo em uma sociedade fragmentada... nada mais natural.
Finge sorrir como se fosse o máximo.
Sufoca um grito que a anos gostaria de dar,
Assim como toda humanidade, mas espera.
Já perdeu as contas de quantas mortes teve que passar
Pra ser a pessoa que é hoje.
É preciso licença pra viver feliz.
Vive a dor, sem fugir.

Difícil tarefa de curtir a dor, como se fosse couro.
Triste, mais triste por saber que essa tristeza ela também passou.
Quem sabe ela fugiu?
Eu hoje calejado, conheço a face da dor e da depressão.
Seguir os conselhos dos meus pais?
Eu seria o mesmo cara fraco que era.
Agradeço toda a dor e todo inferno que passei!
Graças a ela, fui forjado em brasa, minha lâmina hoje corta
um fio que resiste ao abismo e o vale das sombras.
Como São Jorge, sigo bravo na escuridão enfrentando meus dragões.
Como um sol, estou preparado pra matar dragões hoje.
Como Arcanjo Miguel sou um guerreiro da luz.
Imagina, se saísse pela primeira porta de saída de emergência...
Sim, estaria como a maioria dos casais desiludidos sem amor.
Agarrar e algemar a primeira pequena que cruzasse no meu caminho...


Pra que? Por que?


Fazer terapia pra negar tudo aquilo que vivi?
Ser idiotizado por um médico/psicólogo terceiromundista?

Negativo, prefiro arrancar o meu coração,
sofrer as dores do mundo e verdadeiramente sofrer e por fim: viver!
Seguir o caminho padrão da maioria?

Fracos...
Os fortes são aqueles que parecem fracos, mas são aqueles com coragem e consciência para não ficar sedado pelas ilusões do mundo.

Sentir todas as dores do mundo e amadurecer.
Aquele que se diz forte, aquele que:
Ignora, mente pra si mesmo.
Ama outro, sim um amor anestésico, projeção de seus anseios: Animus.
Odeia, covardia de não aceitar seu amor não correspondido.
Tenta apagar, como se houvesse tecla delete no cerebro...
Terapia, como se houvesse remédio pra dor... Ilude-se!
Positiva, esconde os momentos ruins e dores escondidas; como lixo orgânico escondido, apodrece mais a cada dia.

É vai tomando esse sedativo... vai!

Como se houvesse remedinhos pra tudo... sociedade programada pra fugir da dor..
Nadando num mar de saídas de emergências... uma droga não, várias.

Amobarbital...
Fenobarbital...
Narcobarbital...
Prometazina...
Secobarbital...
Zotepina...

Somente aquele que consegue não mais projetar, pratica o desapego, conhece a dor, conhece a solidão, conhece a sua sombra, conhece o poder da simplicidade, tem a consciência das suas emoções... Esse pode então encontrar o caminho para o amor.


As estrelas gotejam sangue.
Calafrio.
As feridas piscam forte.
Sobressalto.
O céu derrete.
Inquietação.
O gelo escurece.
Espanto.
O mar se desfaz.
Temor.
As dunas em ressaca.
Terror.

É, nada mais natural.

Leandro Borges - 20/05/09
Creative Commons License
Poesya, não burguesia! by Leandro Bastos Carneiro Borges is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at poesyas.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://poesyas.blogspot.com/.