Há tempos que os sonhos nascem nos corações.
Morrem na amargura do ego.
Leandro Borges
25 de mai. de 2008
Dor sem cor
Um aperto de todos ossos fazem um corpo oprimido.
Uma dor sem cor invade, sem rédeas.
Sangra por muito tempo.
Se torna alimento para o sono ruidoso.
Um oco da falta da cor e melodia da alma.
Leandro Borges
17 de mai. de 2008
Soneto a una Palma
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Flor,
Montevideo
Ya sin hambre ni sed apenas alma,
apenas cuerpo que se va durmiendo;
toda lúcida mente és como entiendo
la infinitud de Dios en esta palma.
Cuando todo se vuelva extensa calma
y siga el mar la frágil tierra hendiendo,
poco a poco mi espíritu, volviendo
irá a buscar morada en esta palma.
Tal vez pequeño pájaro de canto
o humilde y tierno ramo de oxicanto
con una flor azul junto a su planta.
Mi palma ya será mi patria eterna
y ha de tener por siempre una lucerna:
la luz de una amistad que siembra y canta.
Juana de Ibarrourou
(Consagran el consejo departamental de montevideo la junta honoraria florestal 1966)
16 de mai. de 2008
Um encanto no parque
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Comentada,
Montevideo
É de um encanto e delicadeza
que assim aflora a tua beleza.
De formas leves e alegres
escorro pelos teus caminhos.
Uma parte de mim encontrei aqui
onde há tempo para o tempo
onde a vida, ainda olha pra vida.
Calmaria aqui encontro no teu peito.
No teu leito de campos descanso.
Rodó, um parque, uma sintonia especial
Pedaço bendito de terra de um "q" celestial.
Leandro Borges - 09/03/2008
"Una Cerveza Uruguaya"
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Montevideo
Um gole dourado derrete em mim
e reveste de realeza todo o interior
traz aos meus olhos mais cor
Deixa meus ombros descançados enfim
reluz o copo cheio de ideias.
Descança as lamas para um coração ferido.
Altera a conciência, solta as travas,
desperta o outro, mostra a essência,
dormindo estava o malta à sonhar,
também o lúpulo estava à cantar,
juntos se faz uma festa, um mar.
Concebido por suas pausas em fermentação
um mundo em caldas de ouro em paixão!
Leandro Borges
Beijo Arpoador
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Rio de Janeiro
Desliza nas tuas deixas, o beijo do mar.
Deixa o desejo do encontrar de cor.
Da rocha à água, é um encantamento.
Um caminhar cíclico dos amantes.
Da me o teu beijo e sacia o desejo e amor.
Te encontra a lua na terra do arpoador.
O céu de outra cor se resguarda e traz o vento.
teu saboroso alento para toda dor e calor.
Acolhe no teu útero de rocha
e guarda a água salgada outrora seiva das plantas
Desbrava em teu som melodioso e orquestral
Mostra toda tua beleza natural em mar e rocha.
Leandro Borges
Coração em Santa Teresa
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Rio de Janeiro
Santa Teresa, a tua simples beleza
me encanta dos olhos e coração.
Tuas casinhas conurbadas, tuas namoradas,
teu bondinho em canção, anda, devagarinho...
Guarda em cada cantinho o teu valor
transpira simpatia e alegria, tua gente, tua cor.
Teu charme de cidadela me mostrou que mais que passarela,
Cristo, pão de açúcar e Ipanema é feita, ó pequena
na arquitetura e teus artistas de rua, és especial.
Em sonho matinal, em ti conheci, em fundo de quintal.
Teu som, teu samba, teu artesão, teu bamba.
Encontrei uma doce morena, de olhos negros
com sua magia musical do seu gingado
No teu bonde olhando, de lado a lado
casas, casinhas, casebres e ateliers.
Fabulosas senhoras de corações bondosos encontrei.
Em cada parte de ti, me deixo um pouco aqui.
Leandro Borges
15 de mai. de 2008
Namorada Ipanema
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Rio de Janeiro
Tuas curvas no céu
brindam a bela natureza
e é da tua estonteante beleza
que eu fico mais maravilhado
Um sorriso das tuas meninas
olhar doce feito as nuvens
fecham mais uma tarde na orla.
Menina dos olhos da tua cidade.
Se não fosse a ignorância humana
e descaso, preguiça que beira a alma insana.
Tuas belezas não seriam assim ofuscada
pela poluição e sujeira do homem aqui causada.
Sol cai nos teus montes inclinados
cativa a todos os amantes namorados
contemplados inertes perante a ti, Ipanema abençoada!
Leandro Borges
10 de mai. de 2008
Do Guayba à Guanabara
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Rio de Janeiro
Te deixo Porto Alegre bela.
No teu fim de tarde em aquarela.
As luzes de ti começam a nascer.
E eu subindo vejo o teu chão descer.
Agora a noite guia esse voar.
Em um mar de estrelas encantado.
Um estalar de dedos te danço solado.
Sigo contemplativo calado: o teu par.
Vôo deixando o meu pago amado.
Sei que esse valoroso céu estrelado
és condecoração de Deus a todos nós.
Rio, maravilhosa terra, pousarei em teu chão.
Vou de braços abertos para outro rincão
e Cristo, que vem nos saudando com a sua voz.
Leandro Borges
Doce, Agressiva, Carne e Saliva
A busca de um amor.
Mira as ondas sonoras.
Molda os clarões dos teus vulcões.
Esconde as faces da dor.
Conflitos alados.
Vem mergulhado em lava.
Derrete o magma do coração.
Pulsa o peito, reverbera explosão.
Vibra as arpas dos teus olhos.
Protegem a janela da tua alma.
Deixa a fresta desnuda.
Doce.
Agressiva.
Carne.
Saliva.
Saia feita em flor.
Passeias livre no arpoador.
Caminhar breve.
Carinhar leve.
Pequena, cansada de um país deveras torto diz:
- Que tragam o desfribilador para o Brasil
pobre, triste, ferido e quase morto.
Leandro Borges
Leoa em Flor
Perfumes, girlandas, florais, fogos.
Um campo de estrelas amarelas de sol.
Mergulha no brilho no campo de flores.
Uma leoa indomável contra o vento.
Correndo ao tempo, furando o ar.
Canções suaves e doces de violino.
Canta as aventuras no mundo novo.
Os feixes reluzem no ar, descansam.
No reflexo no mar e dorme ao luar.
O sol brinda a alegria das cores.
A luz aberta em leque de arco-íris.
O vento sopra em seus pilares.
Força felina incansável.
Te torna valorosa
ao ser impiedosa
contra os teus males.
Conturbado imenso mundo.
Em clima tenso.
Um pensamento tenso.
Um pensamento denso.
Um eco interior forte e profundo.
Leandro Borges
Antagonicas forças loucas
Antagônicas forças loucas.
Desvairada energia solar.
Moça feita em louça.
Claro em vapor desagua em mar.
Faz calar o calor.
Com teu sabor.
O frescor.
Teu pensamento.
Rápido.
Intenso.
Irradia.
É luz.
Moradia de energia.
Faço laços em palavras.
Rabiscos.
Riscos.
Ramos.
Ramalhetes.
Flores.
Jovial.
Ar puro.
Colossal furor.
Um dia de dor.
Revolta.
Reclusão.
Solidão.
Renuncia.
Ostração.
Rendição.
Renascer.
Brilhar.
Crescer.
Sonhar.
Leandro Borges
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