Seguidores

8 de ago. de 2012

amora - 8 de outubro 2007

8 de outubro 2007

é, é estranho
é bem estranho

eu imagino que seja um certo tipo de refugio
como uma naufrago que volta pra ilha
que não se acustumou com a realidade do continente
aquele naugrafo que prefere ser naugrago rodiado só de agua
que vive em terra firme, firme continental
e fica sonhando na sua propria ilha sem conviver com ninguem
só ele e a ilha
é aí que tá a babaquice toda, é aí que tá a burrice toda
ele e uma ilha
uma ilha
uma ilha deserta
só por se tar na ilha é um erro, um erro absurdo
uma fuga burra, ignorante e medrosa fuga a dois
é um enclausurar no proprio erro
é um ilhar-se e ficar rodiado de um nada profundo
agora atravessar o mar, sair da ilha ai sim
seria, deve ser um surto de inteligencia

agora indagam a minha porque?
eu disse simplesmente por um soluço?
por um soluço eu não
eu não crio vínculo, né?
não assumo compromisso por um soluço
não, olha pra mim esse tipo de coisa tem que ser algo forte
tem que ser uma pessoa que eu admire, que eu goste
que não por uma via racional
mas por sentimento
inteligencia emocial
e algo me diga que, que é aquela pessoa, sabe?
que, que , que tenha a ver
que goste, que goste de tá junto, que goste de conversar,
que goste dos pensamento, que goste do universo dela
ou que participe do que a pessoa tenha
aiii
eo convivio, pelo menos que seje, que revele
que seje pouco mas que revele
não por um suspiro não
não
tem que ser algo forte
o olhar tem que dizer muito
eu gosto de pessoa com personalidade, sabe?
que seje... é que tenha gostos, sabe?
que não seje pacato tb
fechado demais
ter gostos fortes, sabe?
ter opinião, que saiba argumentar.
sei lá, que seje leve também.
que goste de ri e falar basteira
que fale merda, e que não crie neura, não crie tanta complicação
que crie tanta regrinha pra vida, uma pessoa leve, que admiro a força
pessoa que vai atrás, que busca, que não tenha cheio de nhenhenhé.
um soluço defenitivamente não tem como ter compromisso, sem gostar, um gostar crescente
que se veja furuto, que se veja luz no fim do tunel, por ai
agora, essas pessoas que um soluço serve, uma ilha deserta serve
eeeh
eu fico besta, fico pasmo, realmente eu não entendo, e isso que não tem nexo me causa
absurda, me causa um desconforto, não cabe, pra mim não serve

agora, de tanto comer maça
não sei quando eu provar eu vou reconhecer o gosto da amora
sabe o gosto da amora, eu realmente não sei se eu vou reconhecer
por que eu posso tá provando, amora
mas não é amora.. é pessego, pessego!
sim, porque...
comendo maça, maça e aparece outra coisa, vou pensar:
nãaããããooo...
eu conheci uma vez isso, é amora
mas não, pode ser um pessego
eu tenho medo de ter esquecido qual é o gosto da amora já
isso me causa um frio interior
é estranho
parece que o ar
o ar fica líquido em volta
os pensamentos flutuam
é o uma realidade fantástica
aonde os pensamentos se solidificam
onde tudo fica mais claro
ou mais turvo
dependendo do tipo de água
dependendo da origem
eu realmente queria, voltar, ficar só com a amora
deixar de lado todas as maças
dizer: muito obrigado mas eu não quero pessego!
não

Leandro Borges
Creative Commons License
Poesya, não burguesia! by Leandro Bastos Carneiro Borges is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at poesyas.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://poesyas.blogspot.com/.