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24 de out. de 2013

Em São Paulo sinto na pele diariamente o que é preconceito.
Naturalmente por viver na cidade mais burguesa do Brazil, onde as pessoas são avaliadas exclusivamente pelo seu poder monetário.

Não consigo encontrar muitas pessoas que não me excluam, pelo simples fato de me avaliarem pela imagem. Não sou nem nunca vou ser um escravo da imagem, não quero essa falsidade pra mim.

Da mesma forma, sinto, vejo e recebo, toda a hostilidade e repulsa por não pertencer a camada social e padrão comportamental e visual nos lugares e muitas vezes sou excluído, muitas vezes é no ar da empáfia paulistana que nado na contra mão, dessa maré de lodo e lama paulistana.

Assim como as pessoas aqui chamam seres humanos de vermes, de parasitas, eu então fico ao lado desses a margem, porque todos os dias me sinto margeado, e faço questão de não entrar nessa dança esquizofrênica da aparência, essa mesmo que nos dita o que temos que ser a cada momento.

E não encontro pares, e não encontro respeito, pessoas pensam que sou menor que elas, pensam que pertenço a outro mundo que não o seu lugar ilusório social. Estou cansado de sofrer tanto preconceito nessa cidade. Onde uma roupa simples, um lugar onde se mora, são mais importantes que um abraço, é ridículo.

E muitos dessxs boçais da lama paulistana não tem cultura, não leem livros, não sabem de espiritualidade, não viajam ao mundo; não tem realmente a verdadeira riqueza, não abraçam, não sorriem.

Tanto imbecil com grana e sem cultura, sem sabedoria, sem nada na cabeça, apenas um volante de carro novo importado nas mãos.

E o que é ainda mais imbecil, tanta gente sem grana e querendo ser um milionário também boçal pertencente a lama paulistana.

 Esses idiotas não sabem nem falar português quanto mais outras línguas, não sabem onde fica seus corações. Não dão importância a natureza e esses mesmos idiotas avaliam tudo ao redor pelo seu nasal cheio de farinha.

18 de out. de 2013

Aos que Amamos

É difícil, mas é preciso aguentar firme sem medo.
Quando se quer é apenas um abraço: dê.
Foi quando um pingo de cor caiu do pincel na cidade.
Há tanto cinza saindo dos umbigos, tanta falta de tempo.
Esquecer o dinheiro, regar os campos da familia.

O que é mais importante, aumento salarial
ou dar atenção as pessoas ao redor?

Cada gota de esperança é tecida por coragem.
Cada abraço amoroso, irriga os pampas do amor.
Zelo a família, zelo aos que nos criaram.
É dificil, mas é preciso lutar, é preciso mais amor.

Por que um dia apenas a janela da alma se fecha,
e aos que ficam resta a saudade de mais um abraço.
Não importa quanto dinheiro se pode acumular,
ter sacrificar tempo aos que amamos, não é riqueza.
É dificil, mas sabemos que é preciso nadar contra
tudo que nos é bombardeado mental, sigamos ao coração.
Manter o amor, manter a doçura do abraço,
porque quando abraçamos, é quando os corações conversam.

Colados, trocam palavras, trocam mimos, trocam calor.

De que vale um carro novo, e não saber sobre os seus?

De quantas covardias e egoísmo é feito o primeiro milhão???

Depois que tudo se vai, e ficas, lembraras das tua omissões.
Quando veres ao outro lado do rio, lembrarás dos teus nãos:
quando teus amados te pediram algo tão simples, e negaste.

É dificil, mas é preciso inverter a lógica capital
pois o amor nada tem a ver com cifras, crédito, valores.

A lógica do amor é diferente da grega,
o amor não é preciso premissas
o amor não precisa inferências
o amor quanto mais se dá, mais temos.

E quando aprendermos a pintar ao coração,
os lares se encheram de cor,
os laços estarão fortes,
familias estarão unidas e fortalecidas,
as cidades não serão opressoras,
toda cor brotará em cada esquina, em cada avenida.



17 de out. de 2013

7 de out. de 2013

Ao abraçar das mãos


Procuro em todas as faces o rosto dela.
Ando perguntando a muita gente.
Sinto uma aflição por saíres do meu campo de visão.
Estas no meu coração te sinto tão perto.
Me parece tão depressivo os velhos resmunguentos.
Ando com essa arma curva, na face.
Me protejo de quaisquer intrusões.

Relanço meu olhar, e num beijo sai uma flecha do olho.
Danço a valsa de um samba antigo.
E pra tristeza, não ligo.
Sigo buscando pela avenida.
Pela rua, pelo largo: sorrio.

No cemitério da memória, não me deixo cair.
Ignoro as falas austeras e perigosas.
Muito mais cortante é não viver essa leveza.
Não há amor maior que o meu.
Amo tanto essa flor.

Sambo na dor alheia, a cachaça que me salva.
Essa ardente alegria de ser bamba.
Não tenho sentimento de culpa.
Me abandonar por que? Se sou amor!
Da febre quartã não ei de sofrer,
pois se teu amor me queima.
Quero e não quero dele enlouquecer.

Maria que tudo me espera.
Maria que tudo me ama.
Maria que tudo me aceita.
Maria que tudo mais não canta.

Voa cotovia, do outro lado do rio.
Alça tão longo mergulho, e eu tão atordoado de marulho.
Não vi que de ti tirei da embarcação.
Não meu coração te vejo igual, na face de todas as outras.
Se por ti meu coração bate, minhas mãos te abraçam.

Leandro Borges



Preto velho hare krishna

Cuidado, não ando sozinho.
Convidei esse velhinho pra entoar o mantra.
Dançamos e cantamos os nomes de Deus.
Minha alma agradece, muitas graças.

Um banho de alfazema, voamos dentro.

Na casa de Deus supremo estamos, no terreiro hare krishna.
Onde tudo dança amor.
Seja indiano ou africano, somos um em amor.

Que as tribos de pindorama se juntem a nós.
Onde houver um coração buscando a Deus supremo.
estaremos.

Deus não tem pele de etnia. Abraça a todos.
E quando a música funde-nos: o universo a um átomo.

Leandro Borges
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