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18 de dez. de 2007

Cordeona, circo e lona


Na minha torrada vai nós moscada.

No meu rock tem samba,
na roda punk tem bamba,
no eletrônico bossa nova.
Meu maracatú é verde rosa,
meu chorinho
canta baixinho.
Da minha cordeona derrama floreio.
Do meu peito transborda sem freio.

No meu galpão grita a flor.
Saltam estrelas das esporas
voando baixo
riscando palco
do meu pago.

Na minha viola toca uma moda,
um sarau, uma dança; um coral.
Canta o sabiá e o quero-quero,
canto de um povo sofrido e alegre.

No meu céu tem mais azul,
o meu coração é mais ao sul.
No minha alegria não há felicidade
e desde a tenra idade, te amo meu rincão.
Desta terra que és meu pago, és meu chão.

Um solo florido de cordeona
numa rave feita de circo e lona.

Leandro Borges

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