14 de set. de 2013
Desnorte passagem
Foi uma trupe que passou, era uma música, mas que música? Caminhão passou.
Era um colorido, mas onde foi? Uma bomba estourou ali ao lado.
Arranha-céu rasgou núvens e rasgou falas.
Andando por entre degraus tão fétidos, parei por ali, cadê a minha bolsa?
Fui olhar o que acontecia, o que me aconteceu?
Passo.
Passa.
Passei.
Estômago embrulhado, falas dissonantes.
Por que eles cantam?
Isso é uma cena?
Os ruídos babilônicos falam tão alto.
O ritmo do concreto armado soterra corações.
Incendeia de cegueira, petrifica emoções.
Repetição do requentado fácil cênico.
Fitas as fitas repetidas do cenário.
Quedas o olhar na falência teatral.
Ou se faz a vera ou a qualquer tempo-preço-cor?
Leandro Borges
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