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13 de out. de 2008

Círculo vicioso


Alguém que não para a alguém que não acorda.
Um rastro de um vulto.
Uma dor de cor escura.
Esconde o andar atrás de outro.
Um coração vidrado, em ânsia.
Uma prisão de uma corrente amarrado
ao pé, não por uma esfera de metal
mas sim um peso humano, turvo.
Escorro as ruas com pesar
sigo uma vida sem vida, apenas queda.
Angustia e desespero na sola dos pés.
Sigo um rastro torto de prisão.
Escorre lama pelas ruas
ruma ao desaguar em uma boca de lixo.
Uma boca de sabor amargo
de armadilha em andar em círculos.
Uma função recursiva sem critério de parada.
Farpas da sociedade que sou,
repugno a mesma que apodrece.
Que sou mas não sou desta qualidade.
Um poço de lodo e desesperança,
seque em cíclica dança suicida.
Parecia não ser nociva,
mas no silêncio do teu sono te algemou.
Te arrasta, lenta e certa a morte dolorosa.

Leandro Borges

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