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8 de out. de 2008

Cárcere do medo


A violência que mata o ser saudável.
Sem o direito de sair.
Sem o direito de viver.
Terceiromundísta de uma vida pseudo feliz.
Medo da rua, medo da não iluminação,
medo da esquina, medo da madrugada,
medo da estrada, medo do estranho,
medo da segurança, medo do movimento,
medo da mudança e medo da cor,
medo da pele, medo do brilho,
medo do metal, medo do vizinho,
medo do olhar e medo louco de viver.

Viver de violência, dor e desespero.
Me olho no espelho e vejo um prisioneiro,
um estranho e um naufrago.
Um cárcere privado,
um prisioneiro do terror alheio.
Confinado nas grades do medo
recluso de si mesmo.

Uma vida (roubada) por outra ameaçada.
Um lento morrer em vida.
Sem saída.
Se amor.
Sem sabor.
Olho pela micro janela gradeada trancafiada.
Tento ver daqui duzentos anos a paz.

Leandro Borges

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