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14 de jun. de 2007

Exclusão do underground


A minha cabeça dói.
Tu sabes muito bem, meu bem.
Não suporta o cheiro forte.
Não seria mais um lugar
apenas um bar tosco sem norte ?

Não me leves neste antro ruim.
Não podes ser tão mal assim.
Prefiro o sossego do meu pub.
Não me venhas com esse tal de club!

Ares e vulgares estão circulando vagarosos.
Estranhos sempre degladiando: murmurosos.
Passagem de pitorescas figuras: esquisitas.
Por passos e sofás sem fazem, deveras malditas.

Não quero ser como eles, não.
Ó, mais um perdido nesse lugar devasso.
Não quero ser uma sobra perdida na podridão.
Podre é a ausência do normal
entre os excluídos não quero estar: banal.

Como se falam e não se vêem?
Como se vêem e não se falam?
Perdidos nos sentidos, não têm direção.

Como pode o alternativo ser essa desgraça?
A alternativa é a falência, essa é verdade e basta.
Um poço de orgulho, inveja, vaidade e traição.
O subterrâneo mundo é desgraçado: exclusão.

Leandro Borges

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