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10 de jul. de 2007

A fila tá grande


São voláteis papeis versáteis.
Uma brisa de inteligência.
Inspiração!
O sopro da morte...

É um pouco de rico, sorte e parafuso.
São apenas um monte de super-heróis falecidos.
São cuspidos, escarrados, falsa vitória.
Uma guerra sem fim, um mundo de caos.

É apenas um peter parker do Mont' serrat.
Passeia pelas ruas, pelas labaredas.
Não encontro o kriptonita do nosso tempo.

Seria um alento pensar em todos os dias mal dormidos.
A força com que uso pra matar poderia fazer nascer.

É brilho.
É opaco.

São finas flores feitas de veneno.
São goles de uma perdida vida.

É mãe sem pai pra cria.
É amor dito aos vômitos.
É falta de generosidade.

É áspero.
É triste.

As cores já estão molhadas.
Não vejo claramente o teu rosto.

Somos feitos de argila e brasa.

Cantos, encantos e parafuso.
Dança, vento e partes desconexas de podridão.

É ilusão.
É amparo.

Não, não... mas hoje é um dia feliz.

Não temos sangue no jornal.
Não temos a morte a cada esquina.

Vejo que falta luz na cidade.
Realmente moça, estamos sem sorte.

A cada parada de ônibus eu vejo uma alma perdida.
Esperando algo que a leve para outro lugar.

As portas estão distorcidas pelo tempo.
Tem um pouco de saudade em cada infância.

Quando vejo um beijo, penso nas bactérias.
Quando beijo um cadáver, penso nas bactérias.
Quando penso nas bactéria, sinto inveja.

É chuva que cai lá fora.
Mais me parece que Porto Alegre chora.

É uma melancolia que ela guardou por muitos anos.
Hoje ela dá vazão a toda essa prisão.

Vou levar um quindim para Mário Quintana.
Quem sabe adoço o velho.

- Põe mais açúcar no café Margarete!

É ainda um poço de verdade.
Cansado de ver pseudo-hippies.
Pseudo-Engajados... pseudo esquerdistas.
Na falta do que falar, eles falam demais.
E falam muito...

(Saio de cena)

"- É um sentimento intrínseco ao ser, algo que transcende toda a condição humana, é um expurgar de uma catarse etílica marx-freudiana... quiçá um profiterólis feito de uma humanidade rodriguiana de um pseudo Petit Gâteau mui douto. É um enaltecer de uma psicanálise quase falida. É a masturbação mental de todos os dias, são auto intitulados artistas de velório.
É de uma asco e podridão sem igual, com borda recheada de anthrax. Na caixa de bis, todos repetem a discurso. Cheio de botox na cara de plástico da rede globo. Alias nunca se viu na história desse país...Alias nunca se viu na história desse país...
Alias nunca se viu na história desse país...Alias nunca se viu na história desse país...
O lula é um heroí, é um Cheguevara do nordeste brasileiro do interior, do interior, do interior... é a personificação do herói grego transposto numa figura pseudo metafórica de alusão a tropicalia baiana, cheia de vatapá, que sustenta todo o Panteão de deuses tupi-guarani. É um ser iluminado de esterco pré-clitoriano de uma face mesosferica de um tipo "brechtiniano-gaulês"... Agora... Me passa o arsênico."

(Volto com uma HK na mão)

É apenas uma empáfia de um rídiculo dizer, de um "não-dizer".

Eu queria e não queria calar a tua boca.
Foi aí que eu tasquei um beijo.

Sem padrões.
Desfacelando os vilões.

É tanta regrinha que andaram criando pro amor...
Assim vão matá-lo envenenado...

- Eu escrevo demais... (ele ri)

(Pausa)
Me fala de amor, mas me fala com ódio!

(Saio, sai Deus, sai universo)

Aqui estamos.
Somente uma consciência pairando e o nada.

Agora que a humanidade está acabada.
Até Deus não está aqui, posso falar.

Eu ainda vejo a cor dos seus olhos.
São verdes, mas me disseram pra não acreditar em algo assim.

Eu só queria um amor.

Leandro Borges

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