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19 de jul. de 2009

Espelhos


Esse frio que me dói até os ossos
me faz lembrar dos Invernos passados.
No pano é projetado o filme da minha memória
é tanta história, que me perco no labirinto.
Mergulho dentro da caixinha de musica,
uma caixinha de espelhos gigante.
Me vejo cercado dos meus eus,
olho me por dezenas de ângulos,
em muitas ângulos inéditos até o momento,
assim me vejo fora de mim.
Me vejo em terceira pessoa
desapropriado de mim mesmo.
Me vejo como narrador e vejo a minha dor.
Aqui em todos esses ângulos
percebo os diversos filmes que rodam simultâneamente.
E eu era um menino, um adolescente,
E era um nerd, um louco, um trabalhador,
um aventureiro, um sonhador, um apaixonado,
um errante, um poeta, uma ilusão.
Somos tantos e no entanto somente apenas... um.

Leandro Borges

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