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29 de abr. de 2009

Pleno, um


Acompanha o voo das aves com os olhos.
Ouve a brisa leve no rosto, sente as árvores conversando, sente o odor da natureza pungente. Corre o pensamento sorrateiro, dança para toda esperança, deixa mais uma vez a melodia tocar, os lábios tão incertos pairam nos desertos de um paraíso escondido. A lua flameja e águas trazem o coração. As nuvens relaxadas deitam nas ondas distantes, falam para as dunas muitos versos, doces, baixinho. Vive dentro de um quadro, percebe o instante da vida, cores contrastadas, luzes e sombras afloradas, o pensamento para no tempo, mergulha no momento, volta com o vento. Para, com mil braços abraça, novamente o sente. Sente-se um.

Leandro Borges

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