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18 de dez. de 2008

Puta porca sem coração


a veia exposta
a rua suja
a tua face falsa
a menininha cheia de sangue sujo
vaza das tuas entranhas o teu aborto
brinca com porcos
dorme com o desespero e não dorme
boletas e mais boletas
rega tudo com tristeza
gritos mudos
solidão
depressão
fuga
morre para a tua mãe
esquece do teu pai
cai na vida todo dia
sai toda noite
cai toda noite
cai todo dia
finge que não sabe
finge que não tem importância
morre na ignorância
morre pregada na cama
desmaia por horas e horas
finge que é feliz
e diz e diz
no intervalo dos abismos
fica em estacas pelo corpo ao alto
impregnada de imundice
puta porca sem coração
bebe da latrina
come do lixão
fétida flor
mulher de lupanar
noiva de satanás
morra em morte lenta
a cada centímetro de dor
mergulha em laca incandescente

Leandro Borges

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