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8 de dez. de 2008

Fatia da realidade


Tocam os sinos em ondas
flutua a voz entre a floresta
deita ao chão, sente o vento falar.
Ouve as flexilhas chiarem ao vento.
As quedas d'agua recheiam o som
escorre abrindo como fenda a rocha
um calor à brotar, cravejado ao sol
uma lua vermelha, cheia, abre o céu.
O véu celeste branco da noiva esparramada.

A vida é frágil, tão perene.
Um tempo sem o tempo.
Onde tudo permanece e é.
Deixa o ser, ser.
O cantar sem palavras
sem voz, sem início ou fim.
A valsa dos astros
a curva do espaço-tempo.
O passado sobreposto.
O presente está presente,
como presente para o presente.
Somos um coro diferente,
nosso fator que nos é igual
é a nossa diversidade.

Leandro Borges

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