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28 de jul. de 2008

Gotas


Um copo de água, sem gosto, sem nada.
Era para o seu nada que ela bebia água.

Ao fletar com o raio do teu olhar, olhei ao fundo o vácuo que causei.
Uma vida cheia de dúvidas, cheia de pregos e solidão.

Encharcada pela água, empapada de suor, as gotas de lágrimas se camuflam em meio as tuas águas.
Uma vida partida, um vento cortante, um copo d'água com sal, rajadas de vento: um ciclone extratropical.

É tanta chuva que eu não consigo pensar, parece que o mundo chora por dias.
A alegria dela não me contagia, as vezes até me repele.

Um mundo dele parece ruir, queria entrar, mas ele tranca todas as portas.
Poderia a ajudar a restarar as paredes, mas só consigo ficar do lado de fora e ver tudo ruir.


Leandro Borges

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