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16 de mai. de 2010

lua das fases


A lua mais bonita que eu vi, era de prata era tão grande e bonita.
Era uma lua tão bela, parecia intocável. E chegou um dia que eu pude tocar a lua
parecia um sonho. A lua cheia, cheia de brilho, prata reluzindo a beira do mar,
assim a praia sem luzes artificiais pude me concentrar na luz da lua.
Como pode algo ser tão belo assim na terra. Era um céu estrelado que a acompanhava
a bela lua. E passou um punhado de tempo, e ela mingou. Ela nasceu, cresceu, chegou ao seu patamar: cheia, bela e doce.
Eu pensei que homens normais como eu seriam incapazes de tocar a lua, mais foi numa bela noite de luar, eu pude tocar o seu rosto. Era doce, sorridente, eram olhos são cheios de brilho, me engolia de sua imensidão. Eram flores de prata da sua aura que
invadiu o meu mundo. Um mundo com mais brilho surgiu.
Então passei acreditar que era possível voar, e eu então ensaiei vários movimentos para alçar vôo; tocar no teu coração. Mas um imenso e profundo abismo surgiu aos nossos pés, e não por falta de amor eu não pude transpassa-lo...
Haviam uma meia dúzia de dragões a proteger o templo da lua, e era como ela fosse
aprisionada, e hoje eu sei. Tentei ser o cavaleiro que salvaria dessa prisão, mas tolo eu, ela mesmo me disse que era impossível para um cara como eu.
A poesia poderia ser um caminho, mas não o bastante, por que alguém se fixa em um
mundo onde a ferida é aberta, pouco tempo sobra pra ver o mundo mais feliz. Poderia sobrar os versos que sangram, os versos difusos, os versos de dor.
Então um cara no fim do caminho se transforma em apenas mais um, apenas mais um ponto; algo a ser manipulado e usado. Ela me ofereceu apenas mais sexo, e mais sexo... isso tenho de sobra. Querer um olhar, um coração, muito antes de pesar em sexo com ela.
Eu pensei em tantas coisas... mas pra que. Eu senti tantas coisas... mas pra que?
Apenas mais uma peça no açougue eu sou. Uma carne que se come. Faz um churrasco de mim, meu bem. Apenas mais um rosto bonito devo ser...
Sabe quantas gotas de orvalho pousam em uma flor ao meio dia na primavera?

Eu sigo na esperança de um raio se sol, por mais que se grite, não se pode apagar o brilho do sol.

Andar pela lua foi tão arriscado, eram muitos outréns que também olhavam a lua.
Cobiçada por muitos, e como gostava de luxar com os flertes. Um mundo de flores não cabem nessa lua. Agora a lua tenta voltar a sonhar com os sonhos do astronauta que sou eu. Mas eu agora, estou em outro planeta. E não posso mais sonhar, já quebrei muitas vezes a cara por isso. E isso eu não quero mais.
Apesar das arestas, eu tenho um coração.

Leandro Borges - 16/03/2010

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