Seguidores

13 de ago. de 2008

Palma sem palma


Eu sempre segurei a tua mão.
Pensei que segurar ela era seguro.
Até que um dia tu soltaste.
Mas eu nunca pensei em soltar.
Ao entrelaçar os meus dedos
nos teus dedos, tudo era paz.
Nada podia ser mais tranquilizador,
nada podia ser mais feliz.
O desespero do teu segurar,
a tua insegurança projetada.
Lembro tu no banco da frente
segurando a minha mão atrás.
Nunca pensei em viver sem segurar
a tua mão, mas tu o fizeste.
Senti meus dedos vazios,
a palma da minha mão
sem beijar a tua palma.
Nesse momento vibrava
a insegurança em mim.
Até que ontem eu soltei a tua mão.
E foi bom, foi digno e verdadeiro.

Leandro Borges

Nenhum comentário:

Creative Commons License
Poesya, não burguesia! by Leandro Bastos Carneiro Borges is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at poesyas.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://poesyas.blogspot.com/.