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18 de jun. de 2010

Uma lágrima só

A cada porquê me faz me perder
mais e mais
Eu fico tonto, perdido; desorientado
Cada porquê bate: é um eco morto
:que não tem volta
:que não tem resposta
A cada lágrima não tem um caminho
tem sempre uma lágrima sozinha
uma lágrima só
solitária

Uma lágrima de dor
Uma lágrima de desespero
Uma lágrima de imcompreensão
Uma lágrima de desafeto
Uma lágrima de não-amor
Uma lágrima de de indiferença

Machuca dói, dói... e como dói, doi muito... é e continua a doer, doído!
Meu sol no peito fica escuro
Vira anti-horário
Fica perdido
A flor murcha
A flor seca
Flor minga
Fica caída
Reverbera em todo o resto
O canteiro fica em desarmonia
e fica triste, bem triste e mal
O que mais me entristese é a palavra prometida e não comprida
É a faca feita em palavra, hoje em dia eu prefiro muito mais essa dor
a ter de ficar no universo perdido desse teu vácuo cruel e maligno.
Hoje eu não conto quantas flores há no canteiro e sim
o número de lágrimas
o número de vezes que me ignoram
o despreso e ignorar tão crueis
tão cortantes
tão dilacerantes
olhares que não me olham...
distantes
tristes
vazios
sem o amor, me sinto sem nada

Será que sei ainda do que as flores são feitas?
Me roubaram a primavera, a luz do dia... sem dó nem piedade!

Leandro Borges

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