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27 de nov. de 2007

Saudade esquisita


Hoje me bateu uma saudade esquisita
daquela guria-mulher, maldita-bendita,
de volúpia virtuosa e de tamanho infinita.

Talvez nunca mais :
me arranhe como ela me arranhou,
me morda como ela me mordeu,
e me peça como ela pediu,
me tire sangue como ela me tirou,
me lamba como ela me fez,
e como ela pediu pra fazer.

Ó tristeza bonita que só ela guarda.
Uma melancolia passiva, quase congelada.
O coração e boca: agarrada.

Leandro Borges

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