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18 de nov. de 2007

meus tempos, ou não só meus


muitas coisas deflagram estes nossos tempos atuais
um tempo que é marcado pelo não saber de rumos
não saber de objetivo, não saber de valores, sem credo, sem ideologia
sem filosofia, sem religião, sem laços firmes, sem família, sem ordem,
sem um mínimo de direção, sem respeito, sem ética, somente o dinheiro vale

onde o ateísmo eh a tendência para muitos que conheço
onde uma família não significa absolutamente nada
onde ter um filho é banal, como comprar um briquedo de carne

onde o amor é algo teórico
há apenas carnes chamam e mandam embora
um lugar aonde o amor fica na ficção e nos sonhos

a realidade sempre nos acaba
mostra o quão raso são as nossas vidas

...

quando tento pertencer ao padrão padeco
quando saio do padrão me sinto uma exeção
não consigo sentir a verdade
vejo apenas a solidão, ando a beira
a beira da vida
a beira do atlântico
outra vez acontece, o que fica obscuro de verdade

teus olhos realmente me fizeram mergulhar neles,
perdido estou dentro de ti

falou o que eu queria ouvir
pena viver tão longe

não sei se posso confiar em ustede

é estranho, o desconhecido se torna o vilão
um devaneio ou mais uma decepção causada por outrém

me da de presente
mesmo que quase impossível
é o que eu mais quero na vida
mas depois se mostra imatura...

é um descaso
ou um abuso

o caso é que me cansa a vida
acende a chama ou me engana

prefiro deixar meu coração adormecido
a ser iflamado e ferido

uma vida de desencontros

um tempo que as pessoas não se encontram mais nas ruas
não conversam mais nas ruas
um tempo que não conhecemos os vizinhos
que as relações entre as pessoas são baseadas em lugares fechados
fechando muitas possibilidades
uma vida menor
causada pelo medo
as ruas ficam vazias
não ha mais uma grande roda de amigos

uma dificuldade de conhecer pessoas novas
ou se conhece estudando, trabalhando
ou em uma noite de ilusões

cansado de uma vida de um tempo que nos poda e nos esteriliza

a única saida que vejo é viajar
mas ao viajar encontro a distância

olho para fora dos teus olhos e não consigo sair daqui
estou aprisionado e sem esperanças

triste estou, fruto do rolar dos dados

uma vida pequena e fria
uma fagulha de sol do céu pode me salvar

espero que a espera valha

Leandro Borges

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