Foi que eu lembrei da tua criada narrativa sobre a minha pessoa.
Lembrei do que falastes há 18 anos atrás.
- "Tu se apegou a mim."
Pois hoje maduro o suficiente pra ter consciência dos meus atos passados, vejo o que na realidade criaste uma mentira, uma farsa para todos acreditarem.
Percebe que a minha praga que te joguei pegou?
Casaste, tiveste 2 filhos e por fim acabou.
Assim como acabam todos os carnavais.
Purpurina grudada no chão, com esperma, líquidos vaginais, serpentinas, pedaço de carne podre humana, um anel de brilhante perdido no meio do salão.
Faz dois carnavais que eu não pulo, faz 18 meses que não há festa, festinha, balada, rave, apenas um micro barzinho com muito protocolo e pouca diversão a depender do dono do bar.
E sigo feliz e só, melhor que ser tolher a liberdade imposta.
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