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10 de nov. de 2010

Poção mágica: Água


Água que caia!
Água que caia!
Água que caia!

Chuva que vem renovar

Irriga a minha alma
Lava o meu mundo
Traz a água que nunca para de brotar

Renasço a cada chover
Reconheço o meu ser em cada gota
É simples e cristalina
Há chover para o mundo dar voltas

Ciranda água ciranda
Vem brincar em volta
Encanta
Cai
Levanta
Limpa
Cura
Purifica
Torna-me um admirador de todo fluxo

Me deixa ver a lágrima de alegria cair do olho do planeta terra.

Leandro Borges

5 de nov. de 2010

Autobahn


Se em um átomo o amor eu encontrar
poderia fazer um mapa de probabilidade
de uma flecha lançar
a chance de alcançar

Em algum quartz encontrar
em um lapso de tempo
onde o universo pode ser
finito e infinito

Lanço os dados
abro percepções
capto energias

No rádio toca uma velha canção:
"me quieres cariño"

E entre sinapses e goles de ceva
posso ver um cardume ao nosso redor.

Escutamos em rock nervoso
uma letra desalmada e sincera

Sigo por uma Autobahn tranquila.

Leandro Borges

3 de nov. de 2010

Em outros mundos


Falsos passos perdidos no espaço.
Andando no fio da navalha.

Entre a ferida e a rosa.
Entre a dor e a alegria.

Com tantas vidas e um coração acelerado.

Os olhos brilham.
As vitrines brilham.
As idéias brilham.

: Tudo brilha aos "olhos" de Deus!

No meio da avenida, não sei se vejo o pôr-do-sol ou a garoa.

Meu coração pertence as milhares de cores.
Graças a essa visão tenho a paixão pelo mundo.

As sombras tem muitos tentáculos perseguidores.

Vento forte em corte que vem do norte e do sul.

Nas multi-faces de um mundo, me reparte em mil faces.

Buscando frestas e um pouco de ar.
Onde os paradoxos entram em profusão profunda.

Onde pecados são apenas epifanias infames.
Onde orquídeas poderiam salvar o mundo.

Ao horizonte claramente se pode ver flâmulas vermelhas rasgadas.
Rastejando por entre feridos.
Onde muitas paixões florescem.
O orgulho pela terra, pela luta.

Se um parque pode acolher mais de mil rosas
é onde quero repousar a minha alma;
deixar o espírito livre e a mente aberta.

Um quadro onde as vestes são mosaicos e rostos de ninfetas.
Outro de traços oblíquos e movimentos sinuosos

São chaves que voam tão alto...
As portas são tantas, tantas bifurcações e tantos abismos escondidos...
Onde os mares são sete vezes sete mares, há tantos portos onde parar...

Sem a crença do passado.
Sem a verdade, sem o combustível e sem a dignidade.
Sem honradez, sem justiça e sem valores.

Se as águas vivas param de brotar na nossa irmandade,
procurarei em outros mundos.

Leandro Borges
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