21 de ago. de 2009
Muito além do vermelho
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eu,
experimental
Ando de ónibus com todas moedas contadas.
As vezes que consigo andar de carro,
ando olhando a kilometragem
no limite dos últimos números.
Abasteço quando posso
e o ponteiro anda grudado no fim.
Ando de 40 em 40 kilometros.
Com dívidas, feridas e com medo das mentiras.
Falta comida, falta água, falta alegria.
Sorrio pra minha mãe,
choro no escuro da minha casa.
Passo o cartão com medo
o medo irmão que tenho ao olhar o saldo.
Comprei aquele presente de aniversário
trocando o troco do ticket restaurante por dinheiro.
Como pouco pra tentar sair
do vermelho e olho no espelho e vejo outro.
Quem é esse com olhar oco?
Leandro Borges
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