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23 de nov. de 2009

Mesclar das Almas


Ao abrir do olhar percebi o nascer
do astro mor da tua alma.
Era límpido como o lago a meia-noite.

É de um anjo, é de uma ninfa.
É de uma doçura.
É de uma cura.

O teu olhar desagua.
O teu olhar mergulho.

Estrelar das almas.
Vejo as labaredas
os ventos cintilam o nosso ser.
Ser.
Somos um elo
e desse nós somos um eu
o fogo um
a onda um
o sol
a lua.

No abrir das nossas janelas
nos vemos de interior para interior
puro, pleno, sublime, espiritual
grande, forte, simples e real.

Onde almas se tocam
onde caminhos se encontram
onde o ponto momento é estrondoso.

As ondas geradas
são claras
redondas.
Para o relógio do tempo
e continua:
o soprar do teu vento
o arder do meu fogo
e os corações ainda batem
no mesmo momento dos ponteiros congelados.

Leandro Borges

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