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24 de nov. de 2008

Maconha


Letárgico, rasteja em momento trágico.
Ri da própria inação, dorme mais doze horas.
Acorda e come a fome que não tem.
Conversa e perde a linha do próprio falar.
Alienasse da vida e diz que é o cara.
Fala de modo arrastado; anda um tanto cansado.
Não trabalha porque não precisa...
Como um queijo suíço tem a mente aberta.
Deixa a vida e dança uma valsa com a morte.
Décadas de cegueira e olhos vermelhos.
Fuma a esperança de vida que não tem mais.
Queima os problemas, queima a linha da razão,
queima a própria direção e qualquer caminho é valido.
Deixa que os chacais lhe entreguem até o abismo eterno.
Uma paz sem tamanho e sem visão.
Tomado pela prisão da psique, sua dependência.
Parece maconha, o fim dos seus problemas, mas é só o início deles!

Leandro Borges

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