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9 de fev. de 2010

dois-prá-cá-dois-prá-lá num mar de ilusão

Eu gosto tanto de ti
que eu sumi da tua vida
sumi da minha vida
sumi dos bares
sumi da poesia
sumi dos luares
sumi da boêmia
sumi do meu apartamento
sumi da minha cidade
sumi do meu chão
sumi do meu padrão
sumi pelas ruas desertas do meu coração

falta muito o pão
deixo as migalhas pros outros
eu vivo de emoções e não restos de sentimentos perdidos
deixo as migalhas nos labirintos dos corações de outréns

fala de um possível amor comigo baby
mas me fala com muito ódio, um ódio capaz de matar essa dor

acho que gosto de de nenhum santo
vai ver que é assim mesmo

quanto mais se zela, mas alto vem a punhalada pelas costas

e sabe ela nunca veio me ajudar, e qual garota de ações perfeitas faria?

o no teu fel sempre há um mel, e como é bom viver nessa ilusão
vivemos a noite, pois ela é ilusória, esconde rugas; esconde verdades
é um palco perfeito pra um ostentar
pra um falso olhar
um falso amor
há como maquiar a dor, um olhar de menina

a luz do dia, olhos de depressão
todos vêem a tua sangria, uma vampira fraca

te fortalece no mundo interior, cravejado de brilhantes
com muitos caminhos tortuosos pela lua, e como brilha

é feito de anel brilhante... um colar

segue ao vento sibilante
ouve sua voz
dança um samba
num mar de ilusão

vai
vai
vai

dois-prá-cá-dois-prá-lá

nenhum santo pode proteger aquilo de que também é feito
almas vazias
santos vazios

o mar da ilusão prolonga os seus tentáculos
e não me pergunte nem como nem porque

a tua vida, é assim

não deixa ninguém sair, porque é agora que vai começar a tirania
olha pro lado e não vê ninguém, no outro lado também
deixa de ser criança
que criança não és
é tudo de mentira
não tem alegria
não tem nada

fala de tantas cores
e onde está a cor dos olhos dela agora, hein; baby?
hahahaha

agora é eu que tenho que rir... vai procurar a paz num templo budista vai...
meu bem
me poupe de todas as tuas idiotices

estou farta
como pode um homem andar de quatro?
pra mim basta

vai, vai... coloca mais uma camisa pólo azul marinho e vai.

Leandro Borges

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