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6 de fev. de 2012

Vai minha saudade

Vai minha saudade e diz à ela que por ela meu coração espera.
Diz-lhe num samba-canção que ela volte,
porque assim eu não posso mais viver.

Sai minha tristeza, deixa entrar a beleza porque sem ela não há cores,
não há beijos nem sabores é só solidão.

Se te tenho de regresso, que encanto será, que devaneio seria... não haveriam mais estrelas no céu
todas elas estariam raptadas no vitral dos teus olhos.

Envolto no teu corpo nossos corações se fundirão, voltarão a ser um só; para remediar toda a dor
toda a melancolia que insiste a não sair de mim. Pra acabar com o vazio da tua ausência,
pra na tua flor eu colher a tua essência, o teu amor e a tua melodia em cor.

Vai minha saudade e diz à ela que por ela meu coração espera.
Diz-lhe numa milonga que ela volte,
porque assim eu não posso mais.

Sai minha saudade, deixa entrar a nossa vontade porque sem ela não há música,
não há paz no coração nem um pulsar verdadeiro é só um vazio...

Então, te tenho de regresso, que encanto, ó devaneio! 
Por um instante não há mais estrelas no céu, todas elas estão raptadas no vitral dos teus olhos.

Envolto no teu corpo, nossos corações fundidos são um só; não há dor nem melancolia.
Colho na flor da tua essência, o teu amor e a tua melodia em cor.
É uma canção, é uma milonga, é um samba, é bossa-nova, é maracatu: é Carnaval.

Leandro Borges

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