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21 de mai. de 2010

O seco deserto das ilusões

O óbvio cega os meus olhos
só consigo ver aquilo que não é
uma estrada que vira um nada

o poço do fundo dos olhos
secos
como seco deserto das ilusões

Leandro Borges - 10/04/09

O meu executor

Se o meu coração dissonar
ouvirás um ruído turvo.
Ondas magnéticas no meu plexo
que comprimem
que sufocam
as batidas do meu peito são como cargas de espinhos e sufoco.
Me sinto doído, me sinto oco.
Com mil dores pelas dores de tantas dores.
Um peito comprimido, falído e esquecido.
Me culpo, me bato e me condeno.
Sou meu próprio executor, pronto pra demolir o meu peito.

Leandro Borges - 29/11/09
q coisa essa vida
uma certa noite
se entra num bar
sem se esperar nada
e sem nada querer
exceto uma ceva
e quando se ve
se depara com aquilo q é algo de tão sublime
um simples e nitido olhar
e nada já mais é a mesma coisa
nem o mesmo bar de tantas cevas
parece q tudo toma outra forma e significado
e no mesmo instante nasce uma contemplação e um misterio
e é como um mel, q se bebe e se bebe e se bebe muito
e ninguem te dira de quanto desse mel pode beber
e de mergulha nesse mel
e é tão doce q o puro doce invade
e me deixa em primeiro instante sereno
mas é como a lua
a cada fase, me mostra um outro lado, personalidade
e daquela primeira q conheci, volto a lembrar
e do mesmo bar
aquele mesmo que só estava procurando uma ceva
mas o q se pode fazer quando o fogo de uma paixão nasce?
simplesmente apaga-lo e nada?
eu de fogo, quero q de fogo me queime, e que as labaredas crescam o maximo q puderem
quero o mel
o fogo
a lua
a primavera...
a ceva...
mas se de um turbilhão passar, ela eu machucar, e ela me olhar com outro olhar
q eu posso fazer?
é eu sei
eu tenho
mas nem sei quando
não queria q fosse por agora
pq então ela me largaria talvez
isso tb me ajuda a pirar
a endoidecer!
uma paixão vale pela insanidade e dor?

Leandro Borges - 03/12/09
O sorriso que me olha.
Os olhos que me beijam.
A pele que me cheira.
O corpo que me fala.

Fica bem, meu
pedacinho de céu.

Perolas, sombras e luzes roxas.
Coxas e bocas, entrelaçados.
Mar em furia, volupia:
enamorados.


Beijo, a leveza do teu beijo me deixa sempre tao inebriado

Saibas que continua assim...

Leandro Borges - restos de coisas velhas - 08/12/09
A vida espera por um fio.
A vida: te dou um fio.

Entrelaços e abraços, deixas e canções.
Deixo e parto.
A vontade é de não partir, é de apenas ir.
Sem deixar pedaços.
Sem deixar rastros.
Sem deixar canções.

Meu coração te tem em um lugar muito especial.
No teu... eu não sei onde eu exatamente me encontro...

Leandro Borges - 17/01/10

Não digno

Quem me julga pelas minhas roupas não é digno de mim.
Quem me julga pelos meus acessórios não é digno de mim.
Quem me julga pelos meus erros não é digno de mim.
Quem me julga pelas minhas faltas não é digno de mim.
Quem me julga pelos seus achismos... pelas suas impressões... não é digno de mim.

Seja como for, olhe nos meus olhos, veja as minhas ações
sinta os meus sonhos e voe nos meus devaneios.

Leandro Borges - 16/01/10
Eis que o futuro se traça.
Para todas a vidas lançadas.
Sabe de todos os pontos, encontros, e caminhos.

Leandro Borges - 15/04/10

16 de mai. de 2010

lua das fases


A lua mais bonita que eu vi, era de prata era tão grande e bonita.
Era uma lua tão bela, parecia intocável. E chegou um dia que eu pude tocar a lua
parecia um sonho. A lua cheia, cheia de brilho, prata reluzindo a beira do mar,
assim a praia sem luzes artificiais pude me concentrar na luz da lua.
Como pode algo ser tão belo assim na terra. Era um céu estrelado que a acompanhava
a bela lua. E passou um punhado de tempo, e ela mingou. Ela nasceu, cresceu, chegou ao seu patamar: cheia, bela e doce.
Eu pensei que homens normais como eu seriam incapazes de tocar a lua, mais foi numa bela noite de luar, eu pude tocar o seu rosto. Era doce, sorridente, eram olhos são cheios de brilho, me engolia de sua imensidão. Eram flores de prata da sua aura que
invadiu o meu mundo. Um mundo com mais brilho surgiu.
Então passei acreditar que era possível voar, e eu então ensaiei vários movimentos para alçar vôo; tocar no teu coração. Mas um imenso e profundo abismo surgiu aos nossos pés, e não por falta de amor eu não pude transpassa-lo...
Haviam uma meia dúzia de dragões a proteger o templo da lua, e era como ela fosse
aprisionada, e hoje eu sei. Tentei ser o cavaleiro que salvaria dessa prisão, mas tolo eu, ela mesmo me disse que era impossível para um cara como eu.
A poesia poderia ser um caminho, mas não o bastante, por que alguém se fixa em um
mundo onde a ferida é aberta, pouco tempo sobra pra ver o mundo mais feliz. Poderia sobrar os versos que sangram, os versos difusos, os versos de dor.
Então um cara no fim do caminho se transforma em apenas mais um, apenas mais um ponto; algo a ser manipulado e usado. Ela me ofereceu apenas mais sexo, e mais sexo... isso tenho de sobra. Querer um olhar, um coração, muito antes de pesar em sexo com ela.
Eu pensei em tantas coisas... mas pra que. Eu senti tantas coisas... mas pra que?
Apenas mais uma peça no açougue eu sou. Uma carne que se come. Faz um churrasco de mim, meu bem. Apenas mais um rosto bonito devo ser...
Sabe quantas gotas de orvalho pousam em uma flor ao meio dia na primavera?

Eu sigo na esperança de um raio se sol, por mais que se grite, não se pode apagar o brilho do sol.

Andar pela lua foi tão arriscado, eram muitos outréns que também olhavam a lua.
Cobiçada por muitos, e como gostava de luxar com os flertes. Um mundo de flores não cabem nessa lua. Agora a lua tenta voltar a sonhar com os sonhos do astronauta que sou eu. Mas eu agora, estou em outro planeta. E não posso mais sonhar, já quebrei muitas vezes a cara por isso. E isso eu não quero mais.
Apesar das arestas, eu tenho um coração.

Leandro Borges - 16/03/2010
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