Seguidores

19 de jan. de 2010

a supernova do teu olhar

eu só queria aquele mundo de volta...

aquele que eu conheci quando nada tinha desmoronado

agora te vejo distante
e na distancia, o calor da tua mão está distante de mim

te ler assim, dói

guarde todos os teus olhares, que me deste
agora só me reserva este outro...

olhar que eu não conheço

vai quebrar a minha alma, assim como a outra me fez

vai deixar comigo uma dor grande

ter visto o brilho, e ver a chama apagar...

deixar que ninguem veja, um casal

deixar que o vazio seja protagonista


o que fica é que eu fiz tudo errado, tudo errado
e do meu erro, nasce a minha tortura, nasce o fim

me sinto um horror
me sinto o assassino do sentimentos alheios...

aquele que mata a rosa que nascia no teu coração

alguns dias coloquei muita água
alguns dias fiquei sem cuidar

não era para morrer essa flor, até por que odeias flores mortas

eu odeio te dizer isso, mas meu coração ficou nas tuas mãos

as tuas asas são tão grandes... voaste pra tão longe

meu coração fica numa banheira, cheia de gelos... a banheira ainda transborda
é são gotas que caem no chão... o meu chão fica então frio
frio com o derreter do aconchego

hoje eu não saberia mais descrever o teu brilho
saíste para brilhar, voou tão longe

nunca pense que queria te dar menos atenção...
atenção era tudo que queria dar e receber

minha dor anda comigo
ela mora aqui
e agora é senhora
e não vai embora... ela chegou quando foste

se eu lembro dos nossos momentos, pra mim sublimes...
lembro que não terei mais deles, isso me dói

uma saída para a dor?
preciso conversar contigo
preciso saber o que sentes
saber o que pensas

a morte do brilho do teu olhar, me mata, me consome
a distancia me causa muito frio

estou consumido, morto, com frio: como um sapo

fala comigo, fala comigo ao menos pelo respeito ao passado
respeito aos momentos bonitos

exijo respeito ao meu carinho

sei que vou cair no abismo
mas querida, larga a minha mão olhando nos meus olhos
esteja perto, me de a dignidade dessa morte

Leandro Borges

11 de jan. de 2010

Brasil, nação do futuro

Um ótimo lugar pra se viver:

- Balas perdidas.
- Sequestros relâmpago.
- Chacinas.
- Massacres.
- Milícias.
- Guerras urbanas.
- Assaltos.
- Furtos.
- Estupros.
- Trabalho infantil.
- Atropelamentos.
- Estradas com número de mortes de guerra, por semana.
- Mais da metade da população não conta, sequer, com redes para coleta de esgotos.
- Apenas 20% do esgoto gerado no País recebia algum tipo de tratamento.
- IDH 75º, abaixo de Chile, Argentina, Cuba, Uruguai, Costa Rica, Venezuela, Panamá...
- Salário miséria para professores.
- Falta de infraestrutura de transporte.
- Falta educação.
- Falta escolas.
- Falta policiais.
- Sobra políticos.

Vai, vai, vai! Sofrer! Chorar!!
Vai, vai, vai! Sofrer! Chorar!!

Vai Brasil, vai! Fecha os olhos!
Diz que é um dois cinco emergentes!

Arrota a Copa!
Arrota a Olimpíada!!
Arrota o Pré-Sal!!!

Diz que tá tudo bem,
fala pra América latina.
Diz que és o maioral.

Menininha levando prego no olho... é a vídeo-cassetada, do domingo-absurdo!

Arrota petróleo, e esconde a tua vergonha.
Morre a cada gota, mudo, um zé-ninguém jogado a cada segundo nas tuas ruas.

Brasil é falta de educação.
Brasil é corrupção.

Deveriam ficar todos tranquilos quando um político rouba...

Afinal você, meu amigo:

- Sonega imposto.
- Não passa a nota fiscal.
- Aceita propina.
- Pede propina.
- Devolve salário.
- Não declara tudo o que ganha.
- Não declara tudo o que tem.
- Não se incomoda com o roubo do patrão.
- Não respeita as leis de trânsito.
- Anda muito além do permitido na cidade: setenta, noventa por hora...
- Anda muito além do permitido na estrada: cem, cento e cinquenta por hora...

Então meu amigo, tá tudo bem. Os políticos apenas também são como você.
Deixem eles lá roubando honestamente lá em Brasilía.
E nós aqui, abaixamos a cabeça e ficamos aqui com a nossa corrupçãozinha básica.
Aquela que nós comemos com arroz e feijão.
Aquela que nós tomamos com café com leite.

"O Brasil é tão bom, pena que tem brasileiros por lá."

Pra quem não entendeu; continua a falar que o Brasil tá evoluindo...


Afinal, nada mais brasileiro do que ser cego: em verde-amarelo!

Leandro Borges

10 de jan. de 2010

Não sair é a saída.

Leandro Borges

Desesperança


Hoje é o dia para o desamor.
Feito de desencanto, desencontro; desilusão.
Há um desequilíbrio, desconforto, desanimo e desinteresse.
É um mar de descontrole, e a desarmonia como guia.
Tropeça no descuido, viaja na desventura.
Falece no descompromisso, vive em desgosto, desgraça e desatenção.
Da desconcentração caí na descrença.
Descolore a face da vida, uma recaída desapercebida, desmaia desvalido.
Desencorajado despede-se do sentimento.
Desalento míngua em desdêm da voz dissonante.
Muito aquém, chora o desfrutar da desordem.

Leandro Borges - 12/06/2009
com tantas taças na minha frente
continuo a pensar naquela princesinha.
e se ela fosse minha?
de que adianta um diamante sem arte?
os teus olhos tão verdes
Tão sedes
e agora tão levianos
tão insanos
porque me pisa princesinha?
esse salto-alto pode quebrar...

Leandro Borges

8 de jan. de 2010

Meu coração é feito de papel...
Volta e meia alguma me queima: fácil, fácil...
Creative Commons License
Poesya, não burguesia! by Leandro Bastos Carneiro Borges is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.
Based on a work at poesyas.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://poesyas.blogspot.com/.